O Conselho de Administração da Vivo aprovou nesta quarta-feira, 15, a apresentação de um pedido de anuência prévia à Anatel para possível redução de capital social de até R$ 5 bilhões.
A operação é vista como uma potencial fonte de remuneração para acionistas e poderia ser dividida em um ou mais eventos ao longo dos próximos anos, a depender das condições financeiras da tele e do cenário macroeconômico. As reduções seriam efetivadas mediante a restituição de recursos aos acionistas, na proporção da participação na Vivo.
A operadora notou que o pedido de autorização à Anatel não implica em obrigatoriedade de efetivação das reduções, mas "tão somente faculdade para que a companhia possa realizá-las ou não". A implementação de cada etapa de redução ainda deverá ser submetida ao Conselho de Administração e à Assembleia Geral de Acionistas da operadora.
Remuneração
Em 2022, a Vivo deliberou R$ 5,7 bilhões em remuneração aos acionistas, somando dividendos (R$ 3 bilhões), juros sobre capital próprio (R$ 2,1 bilhões) e seu programa de recompra de ações (R$ 600 milhões). O yield da remuneração total ficou em 8,9%. No ano, a empresa teve alta nas receitas, mas queda nos lucros.
Em balanço, a operadora elencou a possível redução de capital como uma das fontes futuras para manutenção da remuneração. Outros elementos seriam:
- um dividendos adicional de R$ 800 milhões pelo exercício de 2022;
- o cancelamento de 13,4 milhões de ações em tesouraria (mais R$ 500 milhões);
- um novo programa de recompra de ações já aprovado pelo Conselho com duração entre fevereiro de 2023 e fevereiro de 2024, avaliado em R$ 500 milhões;
- e juros sobre capital próprio de R$ 100 milhões com base no resultado de janeiro da Vivo em 2023.