MCTI comemora retomada das atividades da Ceitec e busca parcerias para reestruturar estatal

Foto: Gabriel Oliveira

A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, participou, nesta terça-feira, 14, em Porto Alegre (RS), da cerimônia de retomada operacional do Centro Nacional de Tecnologia Eletrônica Avançada (Ceitec). Na ocasião, a ministra disse que o governo pretende investir R$ 500 milhões na estatal até o final de 2027.

Os investimentos, afirmou Luciana Santos, permitirão à estatal retomar o processo de produção de chips, focando o atendimento ao setor automotivo e em produtos e serviços voltados para a energia renovável.

A empresa chegou a estar em processo de encerramento de atividades, mas em abril, por meio do Decreto nº 11.478/2023, o governo autorizou a reversão da liquidação da empresa e estabeleceu a retomada operacional.

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Busca de parcerias

A ministra Luciana Santos também disse que está nos projetos do governo a busca de parcerias privadas para reestruturar a Ceitec com novos equipamentos. Espera-se que após sete anos de operação da atual fábrica da estatal, o Brasil seja responsável por 7% do mercado de semicondutores na América do Sul. Santos disse que já existe conversas com pelo menos seis empresas privadas que estão interessadas na parce. "A Ceitec reúne as condições para o desenvolvimento e a fabricação de dispositivos que atendam aos desafios globais, como o da transição energética, fornecendo insumos para painéis fotovoltaicos, veículos elétricos e híbridos", disse. Para a ministra, "com recursos humanos altamente qualificados e sofisticada infraestrutura, a Ceitec tem capacidade para operar diferentes rotas tecnológicas, inclusive alinhadas às políticas de inovação e de reindustrialização em novas bases", ressaltou..

O presidente da Ceitec, Augusto Gadelha, lembrou que a área de semicondutores é "complexa, requer investimentos massivos e competência de recursos humanos" e destacou a sua importância para o desenvolvimento do país. "Muito se fala sobre a 'guerra dos chips' entre China e Estados Unidos, porque o chip é a peça fundamental da sociedade moderna", explicou. "Falta, no Brasil, a capacidade de fabricar chips, e é a isso que a Ceitec se propõe. A Ceitec é necessária para o país e temos de ser bem-sucedidos. O Brasil pode sim ser parte dos países que fabricam chips", defendeu.

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