Oi cresce em receitas de banda larga e B2B, mas tem prejuízo de R$ 1,3 bi no primeiro trimestre

Considerando a estrutura atual no comparativo anual, a receita da Oi no primeiro trimestre subiu 4,8%, totalizando R$ 2,227 bilhões, segundo informou a operadora no balanço financeiro nesta quarta-feira, 14. O destaque foi a operação de fibra, que voltou a crescer no período. Entretanto, a empresa aumentou o prejuízo líquido ao final de março.

O resultado das receitas se deu especialmente pelo desempenho da unidade residencial, a Oi Fibra, que cresceu 20,8% no trimestre e agora já é responsável por uma receita de R$ 1,103 bilhão. Já a unidade corporativa Oi Soluções cresceu 12,9% e faturou R$ 701 milhões nos três primeiros meses do ano. 

Como era de se esperar, a receita de serviços legados – ou seja, telefonia fixa e xDSL – continuaram a apresentar queda. No primeiro trimestre, o acumulado desses serviços baseados em cobre caiu 47,2%, totalizando R$ 312 milhões. Houve ainda uma receita de subsidiárias, que chegou a R$ 112 milhões no período, contra apenas R$ 1 milhão no ano anterior.

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Nas operações descontinuadas ou para vendas, o que inclui a operação de TV por satélite (DTH), houve uma redução de R$ 2,259 bilhões para R$ 278 milhões. A queda de 87,7% é explicada porque em 2022 ainda considerava a Oi Móvel.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) da Oi caiu 80,2%, totalizando R$ 216 milhões no começo de 2023. Mesmo considerando o EBITDA de rotina, houve queda (de 81,3%, total de R$ 234 milhões). A margem EBITDA de rotina das operações no Brasil caiu 20,1 pontos percentuais, encerrando março em 7,7%. 

Desta forma, o prejuízo líquido da Oi foi de R$ 1,267 bilhão, contra lucro líquido de R$ 1,623 bilhão no primeiro trimestre de 2022. Segundo a empresa, a variação foi "decorrente da receita financeira no 1T22, impactando todas as linhas, exceto juros líquidos, em função da forte valorização do Real vs Dólar, de 15,1%". 

A dívida líquida da operadora, com "valor justo" (valor de face a custo amortizado), ficou em R$ 20,940 bilhões, uma redução de 33,4% no comparativo anual, mas um aumento de 9,8% quando comparado a dezembro de 2022.

Operacional

A Oi Fibra contabilizou 4 milhões de casas conectadas (HPs), um aumento de 13,2% no comparativo anual, e de 2,3% com dezembro do ano passado. A taxa de ocupação caiu 3,3 p.p., passando a ser de 19,3%. A receita média por usuário do FTTH aumentou 5%, ficando em R$ 92,4. 

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