Em meio a debate sobre "BrOi", Embratel destaca investimentos

Em meio às notícias sobre a possível fusão da Oi com a Brasil Telecom que criaria uma companhia com capital nacional para fazer frente aos investimentos da mexicana Telmex/América Móvil e da espanhola Telefónica, a Embratel acaba de lançar um relatório em que destaca seus "42 anos de história no País".
Como 42 anos não é tradicionalmente uma idade em que se façam grandes comemorações, fica evidente que a empresa está, na verdade, chamando a atenção do governo para o fato de que ela tem, sim, interesses afetados na eventual fusão entre Oi e Brasil Telecom e não quer ser vista como o a empresa mexicana vilã que precisa ser enfrentada pela grande tele nacional.
A Embratel destaca ter recebido investimentos anuais da Telmex de R$ 1,5 bilhão desde junho de 2004, quando o grupo assumiu Telmex seu controle, somando R$ 6,3 bilhões. Segundo o relatório, a Embratel vivia um momento difícil em 2004, com endividamento de R$ 4,1 bilhões, declínio de receitas e dificuldades de liquidez. As dívidas judiciais tinham potencial estimado de R$ 6 bilhões, valor que caiu para R$ 1,9 bilhão. No terceiro trimestre de 2007, a receita líquida total da Embratel foi de R$ 2,182 bilhões, um aumento de 5,8% (R$ 119 milhões) comparado com o terceiro trimestre de 2006.

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Vale lembrar que quando a Embratel estava em crise, a Telmex disputou o controle do grupo com o Consórcio Calais, que tinha por trás a Telemar, a Brasil Telecom e a Telefônica.
Em 2005 a empresa adquiriu participação na Net Serviços para a oferta de triple play, incluindo telefonia fixa. E para fortalecer sua atuação no segmento corporativo, comprou a PrimeSys, especializada em terceirização de serviços de telecom para grandes corporações. O relatório destaca ainda o lançamento do Star One C1, em novembro deste ano, e o investimento de R$ 1 bilhão na nova geração de satélites composta pelo Star One C1 e pelo Star One C2 a ser lançado em fevereiro de 2008.
Outro destaque é para a equipe brasileira da Embratel que conta com 4,3 mil engenheiros e 78 especialistas da Star One responsáveis pela operação e monitoramento da frota de satélites, diretamente da Estação de Controle de Satélites, em Guaratiba (RJ).
Procurada por este noticiário, não havia nenhum executivo da Embratel disponível para falar sobre o assunto. Aparentemente, a empresa busca marcar uma posição, mas ainda não quer sair publicamente atacando a fusão entre Oi e Brasil Telecom

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