Para investidores, interesse real por novas operações é pequeno

Quem está realmente interessado nas sobras das bandas D e E, a serem leiloadas na próxima terça-feira, dia 19? Análises correntes entre profissionais do mercado de ações apontam para uma interpretação parecida: a maioria dos grupos que entregaram envelopes, não entrou para ganhar e montar de fato uma operação.
A começar pela Telemar. "Seu apetite é pequeno porque nada a ameaça", comenta uma fonte bem situada. "Poderia entrar em São Paulo, mas já não há lugar para tanto. Apesar do baixo preço da licença, os investimentos seriam muito altos, incompatíveis com seu igualmente alto endividamento, que chega a R$ 10 bilhões na holding".
A Telecom Américas estaria interessada, teoricamente, na Grande São Paulo e no Nordeste. Em São Paulo, está tentando uma engenharia financeira para ficar com a BCP. O que só acontecerá se conseguir renegociar, com um grande desconto, a dívida de US$ 1,6 bilhão da operadora. Um desconto que poderia ser superior a 60%, segundo cálculo de fonte do setor financeiro.

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Há quem assegure que a companhia queira colocar um pé no SMP não para atuar exatamente como operadora de telefonia móvel. Seu objetivo poderia ser o de oferecer a grandes clientes corporativos uma combinação de telefonia móvel e fixa. Mais ou menos como a Vésper.
A Vésper, aliás, é a única que tem um interesse genuíno para entrar. Quer viabilizar a mobilidade de seu telefone sem fio, hoje restrita, pois esse é o único apelo que tem para sobreviver no quintal dominado pela Telefônica fixa e pela Telemar.

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