Mercado aposta nas redes neutras de FTTH, diz FiBrasil

André Kriger

O futuro da fibra está nas redes neutras. Esta é a conclusão do CEO da FiBrasil, André Kriger, conforme disse em sua palestra realizada no Painel Telebrasil Summit 2023 nesta terça-feira, 12. O executivo afirmou que os acessos via fibra vêm crescendo no Brasil e que, a exemplo do que ocorreu com as torres de telefonia, a transformação das redes em commodity deve estimular ainda mais o crescimento.

Kriger lembrou que o mercado de banda larga amadureceu muito nos últimos dez anos, com aumento da participação das redes FTTH (Fiber-to-the-Home) e dos pequenos e médios provedores. De acordo com ele, em 2013, as redes de fibra representavam apenas 0,5% de um mercado em que as grandes operadoras detinham 80% das ofertas. Cinco anos depois, a fibra já detinha quase 20% do mercado, com 75% das ofertas com as grandes operadoras. Hoje, as redes de fibra têm 70% de market share, com cerca de 50% dos acessos oriundos de pequenos e médios provedores.

"O modelo de desagregação das torres funcionou por conta dos mesmos fatores que encontramos hoje nas redes neutras de fibra", prosseguiu. Esses fatores seriam a transformação dos ativos em commodity, com alto nível de competição entre os fornecedores; maior ocupação, compartilhando e reduzindo custos; criação de empresas especialistas na oferta; e a realização única de Capex.

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"Estes fatores fazem com que as redes neutras transformem o negócio de banda larga em algo muito mais saudável e rentável para todo o mercado", defendeu, lembrando que seu uso reduz os custos de entrada no mercado se comparados a um fornecedor que decida construir sua própria rede. De acordo com Kriger, no primeiro caso o custo é compartilhado; o Capex de construção da rede é zero e o Capex da operação é menor, o que torna o retorno de capital muito maior.

"Por tudo isso acreditamos que a rede neutra é o presente do setor. Elas já representam 13% dos acessos de banda larga no Brasil, são o potencial veículo para a regularização dos postes e têm sido fundamentais para a chegada de novos entrantes", concluiu.

1 COMENTÁRIO

  1. Bom dia! Acho que houve um engano na matéria acima, intitulada "Mercado aposta nas redes neutras de FTTH, diz FiBrasil". Não tem sentido falar em Capex operacional. Nesta caso, o certo é Opex a designação para os custos envolvidos na manutenção, reparo, substituição, etc., uma vez que a rede ja foi construído. Podemos mencionar Capex para investimentos em conexões da rede neutra até as residências/empresas/órgãos. Isto é definido em inglês como "last mile". Saudações!

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