Incertezas sobre cenário regulatório preocupam operadoras regionais

Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

A agenda regulatória é hoje um tema de preocupação permanente das operadoras regionais. Essa foi a avaliação feita pelos CEOs da Algar Telecom e Ligga Telecom durante o Painel Telebrasil Summit, que acontece esta semana em Brasília. Ligga e Algar são as duas operadores regionais que participam, como associadas, da Conexis e da Telebrasil. Elas fazem parte de um crescente grupo de prestadores regionais que, somados, atualmente abocanham cerca de 50% dos clientes do mercado de banda larga fixa nacional – considerado o mais pulverizado do mundo.

"A gente tem uma preocupação clara com os aspectos regulatórios", disse Adeodato Netto, CEO da Ligga Telecom. Os principais objetos de atenção, segundo Netto, estão relacionados ao Plano Geral de Metas de Competição (PGMC), às regras para as MVNOs e, também, do uso de espectro – cuja simplificação é estudada pela Anatel por meio de consulta pública.

O CEO da Algar Telecom, Jean Borges, concordou com Netto. Para ele, é necessário que se volte a discutir elementos do PGMC, "porque ainda há muito a ser feito". Borges também disse que aspectos fiscais e tributários também preocupam o setor, "pela questão da potencial elevação de preços e dificuldade de fazer a inclusão digital".

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A pulverização do mercado de banda larga no Brasil possibilitou a entrega de conectividade, por meio de empresas menores, a regiões não atendidas pelas teles gigantes. "Somos grandes viabilizadores de serviços de altíssima qualidade e temos um impacto direto no desenvolvimento do País como um todo. […] Os nossos desafios são iguais aos das grandes operadoras, mas com realidades diferentes", avaliou Netto.

As duas operadoras também falaram sobre o papel dos provedores regionais de levar conectividade aos municípios menores do País. "Se há alguns anos éramos luxo, hoje somos serviços essenciais", disse Netto. De acordo com Borges, a conectividade deve chegar ao Brasil de forma simultânea. "Não dá para esperar as ondas das grandes cidades e dos grandes centros para só depois chegar no interior", completou.

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