As operadoras brasileiras criaram um grupo de trabalho, coordenado pelo SindiTelebrasil, para pensarem conjuntamente um modelo de atuação do setor durante grandes eventos internacionais realizados no País, como a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016. "O objetivo é garantir a oferta de um serviço de alta qualidade", explicou Francisco Carlos Monteiro Filho, diretor da Telebrasil. Ele ressalta que o Brasil é hoje o quarto maior consumidor de serviços de telecomunicações e de tecnologia da informação do mundo, com gastos anuais de US$ 105 bilhões.
De acordo com o diretor de tecnologia e produtos da Huawei, Marcelo Motta, as operadoras precisarão reforçar suas redes para aguentar grandes picos de tráfego de dados. Ele prevê que em 2014 haverá cerca de 60 milhões de assinantes 3G no País. Além disso, calcula-se que pelo menos 3 milhões de estrangeiros virão ao Brasil para ver a Copa do Mundo, muitos deles com smartphones. Foi por isso que a Anatel decidiu incluir na minuta do edital de 2,5 GHz a exigência de cobertura em 12 meses das cidades-sede do evento. "É uma questão estratégica. Como é o setor de telecomunicações que o Brasil deseja apresentar para o mundo?", perguntou o gerente geral de certificação e de engenharia de espectro da Anatel, Maximiliano Martinhão.
África do Sul
Monteiro Filho, Martinhão, Motta e Marceli participaram de painel sobre os preparativos na área de telecomunicações para a Copa do Mundo nesta quarta-feira, 13, durante o "LTE Latin America", no Rio de Janeiro.