Diversificar banda larga e MVNO: as estratégias da Ligga para 2024

Wendell Oliveira, CEO da Ligga Telecom

Depois de um ano se dedicando aos conselhos e outros projetos estratégicos do grupo econômico controlador da Ligga Telecom, Wendell Oliveira está de volta ao comando da operadora de banda larga paranaense com duas missões: ampliar o mercado de banda larga e lançar o serviço de 5G em um modelo rentável.

Na banda larga , segundo o executivo, a estratégia é agregar valor ao produto de banda larga com novos serviços agregados aos clientes, como energia, soluções de automação doméstica, entretenimento/streaming, serviços financeiros entre outros, além de um serviço de excelência. "A banda larga se tornou um jogo de tomar cliente de outras empresas. O produto precisa ser valorizado, porque isso aumenta o ticket médio, reduz o churn e cria um diferencial", diz o CEO da Ligga Telecom, em entrevista ao TELETIME.

Essa estratégia será a prioridade da empresa para o crescimento orgânico, sem descartar aquisições nas oportunidades que possam aparecer. A Ligga, por exemplo, admite ter feito uma oferta para a compra de parte da base de clientes da Oi, e aposta em uma parceria com a V.tal para expansão da cobertura. Como já noticiou TELETIME, Ligga e V.tal estariam em fase de estudos para uma possível operação de M&A.

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"Eu acredito muito no modelo de ClientCo. Acho que temos espaço para explorar o mercado sem ter a rede própria, desde que o custo de rede faça sentido", diz Wendell. Oliveira.

Ele também enxerga espaço para expansão das redes em localidades ainda não atendidas, mas isso dependeria de políticas públicas e da resolução da questão dos postes.

Lançamento do 5G

Já na frente do 5G, Oliveira diz que as obrigações iniciais de rede fixa foram cumpridas em 2023 mas as obrigações de rede móvel só passam a valer em 2026. A empresa pretende acelerar o processo entrando em operação, inicialmente, como operadora virtual (MVNO), o que deve acontecer em breve para que a empresa possa combinar ofertas aos seus atuais clientes de banda larga, até que a rede própria esteja construída. "A rentabilização do 5G é um problema. Vimos no MWC de Barcelona que nem as operadoras europeias encontraram uma forma de ganhar dinheiro ainda. Por isso é preciso muito cuidado", diz

A empresa também crê que o mnodelo de B2B é uma excelente oportunidade para o 5G, assim como a ampliação do mercado de cidades inteligentes, e essa deve ser a estratégia sobretudo nas áreas em que a competição é maior, como o Paraná, onde a Ligga tem rede de fibra, e São Paulo. Mas a empresa também pensa em um modelo de parcerias com provedores locais para outras áreas.

A Ligga vai pedir o uso da faixa de 700 MHz em caráter secundário, mas não se mostra grande entusiasta desse modelo, porque envolve um risco maior e investimentos adicionais. Mas considera essencial acesso a uma faixa de espectro além da faixa de 3,5 GHz.

Segundo Oliveira, o modelo de um operador de rede móvel, como propunha a Winity e eventualmente pode vir a propor a Highline (caso a Anatel passe o espectro para ela), pode fazer mais sentido. "De novo, acredito no modelo de ClientCo, mas isso (o uso da rede de terceiros) precisa fazer sentido econômico e é preciso que todo o mercado esteja convergindo para isso", diz ele.

Postes e expansão

Para Wendell Oliveira, existem ainda muitas oportunidades para ampliação de cobertura em regiões não cobertas do país, mas o problema dos postes é um inviabilizador. "O contrato de postes é o segundo ou terceiro maior custo de uma operadora que opera de maneira regular. Mas não faz sentido que um poste custe o mesmo em uma localidade de interior ou na Berrini", diz ele, ainda otimista com a solução que vem sendo discutida entre Anatel e Aneel, agora pendente de uma deliberação da agência de energia.

Mas ele critica a falta de formalidade de muitos operadores de telecomunicações no uso dos postes. "A nossa rede é 100% regular em relação ao uso de postes, até porque a Ligga veio da Copel Telecom, mas essa não é a regra em todo o mercado. Nem muita informalidade e rede precária", diz ele.

 

1 COMENTÁRIO

  1. PÉSSIMO DEMAIS serviço de atendimento ao cliente. Chega-se a ficar 2 horas ao telefone aguardando, tanto o suporte quanto o comercial. Estou retirando meus clientes a medida que vão vencendo os contratos. Quem for contratar leve em conta, são muito bons para vender, mas o pós vendas é HORRIVEL.

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