Para diretor geral de operação da Viasat, Leandro Gaunszer, a conectividade satelital se converteu de "patinho feio" para algo desejável e mais acessível do que no passado, tornando-se mais relevante na mesma proporção. Por isso, afirmou ele em entrevista ao TELETIME nesta sexta, 12, a concorrência com pesos pesados não o assusta.
"Acho que a Starlink, a Hughes e, futuramente, a Amazon [com o Project Kuiper] vão ajudar a gente a ser mais eficiente, criativo e buscar novas ideias", diz. Mas faz a ressalva: "Desde que a gente esteja concorrendo com as mesmas condições. Todo mundo aqui cumpre regras da Anatel, com direitos do consumidor e no atendimento. Desde que todos estejam seguindo as mesmas regras, a concorrência é super positiva".
Diante disso, a Viasat observa a movimentação do mercado ao preparar a estratégia comercial quando o novo ViaSat-3 Americas estiver pronto. "A gente vê o que o mercado está fazendo, o movimento dos concorrentes, para decidir qual é o posicionamento final. Hoje temos mais de 30 mil residentes finais, e tem o parque relevante da Telebras [com o Gesac]. Temos que cuidar tanto dos novos clientes quanto dos atuais."
Um dos pontos cruciais será o preço do hardware. A antena que será utilizada com o ViaSat-3 é diferente da atual com o SGDC, explica Gaunszer, utilizando outra plataforma, uma vez que tem o sistema de gateways diferente (com centenas deles). "Toda tecnologia nova traz, em um primeiro momento, um volume [de preço] mais alto, mas vai diminuindo. E no cliente não vai ser refletido", declara. Perguntado por este noticiário se isso significa que o custo mais alto seria absorvido pela operadora, o executivo disse que estão avaliando as variáveis e investimentos necessários e o "preço que a população pode pagar".
"Ele é diferenciado, mais pontente. Na própria antena tem um localizador via GPS, que dentro do sistema a gente terá inteligência artificial para identificar potenciais melhorias no uso de rede. Na questão de cibersegurança também é mais robusto. São inovações que, do ponto de vista do cliente talvez seja imperceptível, mas do nosso, a performance melhora", afirma. A geolocalização ajuda também a prevenir fraudes, além de ajudar a entender o que está acontecendo na rede.
Planos
Com a maior capacidade do novo satélite, a Viasat está também considerando mudanças nos planos para os clientes finais, especialmente nas possibilidades de serviços de valor adicionado (SVA). "A gente está reavaliando, mas em princípio vamos manter os serviços que temos, é uma oferta interessante. O que estamos sempre analisando é a questão de OTTs, que é um tema super interessante de poder fazer algum pacote com OTTs de vídeo, mas são conversas que evoluem ao longo dos anos até chegar a um modelo que faça sentido para todos os lados", declara Leandro Gaunszer.
Não é necessariamente a utilização de zero rating como nos serviços móveis. A ideia, diz, é otimizar sem prejudicar a capacidade limitada dos feixes e da frequência utilizada. "Estamos buscando soluções que permita ao cliente, por meio da tecnologia, utilizar OTTs de vídeo sem ter que se preocupar com a franquia. É um mundo ideal onde pretendemos chegar. Em breve poderemos falar mais sobre isso", coloca, lembrando que a oferta atual já conta com uma espécie de zero rating no período da meia-noite às 7h.
A estratégia de marketing com o novo satélite ainda não pode ser revelada, diz o executivo, mas a empresa espera que entre dois a quatro meses pós-lançamento, o artefato já esteja disponível para a operação comercial.
Essa viasat e complicada, tive antena por três anos em minha residência e sempre tive velocidade reduzida da franquia que contratei,so dor de cabeça ainda bem que tive outras opções de mudança.