Receita da Vivo volta a crescer no primeiro trimestre, mas lucro cai

A Vivo apresentou nesta terça-feira, 11, os resultados financeiros da empresa no primeiro trimestre de 2021. Enquanto o faturamento da operadora voltou a crescer no intervalo, refletindo na margem e no Ebitda, o lucro líquido no período caiu 18,3%, para R$ 942 milhões.

Já a receita operacional líquida cresceu 0,2%, para R$ 10,849 bilhões (a Vivo encerrou 2020 com queda no indicador). O resultado foi melhor no grupo das chamadas "receitas core", que não consideram telefonia fixa, redes xDSL e DTH: alta de 4,7%, para R$ 9,563 bi (ou 88% do total).

Com estabilidade nos custos (em R$ 6,3 bilhões), o Ebitda recorrente da companhia ficou em R$ 4,455 bilhões (alta de 0,5%). Já a margem Ebitda passou de 40,9% para 41,1% em um ano. Por sua vez, os investimentos realizados pela operadora saltaram 18% frente ao primeiro trimestre de 2020, atingindo R$ 1,943 bilhão.

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Móvel

Um dos pontos destacados pela operadora foi o crescimento de 2,9% na base total de clientes, para 96 milhões de acessos.

O negócio móvel encerrou o primeiro trimestre com 79,6 milhões de clientes ativos (alta de 6,6%). O segmento pré-pago teve grande contribuição ao crescer 8,5% no intervalo, chegando a 33,6 milhões de clientes. No pós-pago, o crescimento de 5,2% levou a base para 46 milhões.

A receita média por usuário (ARPU) do segmento móvel recuou 5,6%, como reflexo da maior base pré-paga e controle (que tem tíquete menor). O indicador encerrou março em R$ 27,3.

Dessa forma, a receita líquida do segmento móvel ficou em R$ 7,147 bilhões, marcando alta de 1,1%. A contribuição de 4% do segmento pré-pago foi mais uma vez relevante, visto que o pós-pago recuou em 0,6% em termos de faturamento.

Fixo

No negócio fixo, os acessos totais caíram 12%, para 16,1 milhões. Houve influência dos acessos em tecnologias legadas e telefonia fixa, que caíram 20,4%, para 9,993 milhões. Já nos segmentos considerados "core" pela empresa (fibra óptica e IPTV), houve alta de 6,1% na base, para 6,134 milhões de clientes conectados.

A fibra óptica até a residência (FTTH) sozinha cresceu 41,2% em número de clientes (3,7 milhões) e 61% em termos de receita – ultrapassando pela primeira vez a marca do bilhão em faturamento (R$ 1,010 bi).

Também houve melhora no segmento de dados corporativos e TI: o segmento somou receita de R$ 780 milhões no trimestre, ou melhora de 9,5%.

Saúde

Ainda nesta terça-feira, a Vivo anunciou a criação da plataforma digital de saúde e bem estar Vida V. Para tal, um memorando de entendimento vinculante foi assinado junto à empresa de telemedicina Teladoc Health.

O serviço tem previsão de lançamento nos próximos meses e estará disponível para qualquer consumidor, inclusive os que não são clientes da Vivo. O Vida V será oferecido por meio de aplicativo que incluirá consultas médicas, programas de bem-estar, desconto em farmácias e outros benefícios.

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