Diversas entidades representativas do setor audiovisual assinaram uma moção de apoio a medidas de combate à pirataria. A carta foi encaminhada à Ancine. As entidades que assinam a manifestação são a ABTA (que representa empresas de TV paga), ABPI (propriedade intelectual), UBC (compositores), MPA (estúdios internacionais), TAP Brasil (programadores internacionais), UBVG (games), Alianza (associação de combate à pirataria), BPG (proteção de marcas), Ápice (comércio esportivo) e FNCP (Fórum Nacional de Combate à Pirataria). A motivação da carta foi a rejeição, pela Ancine, da criação de uma coordenação dedicada ao tema. A carta afirma que "a Ancine tem como competência originária o combate à pirataria". Diz ainda que "conforme previsão do art. 3 do Regimento Interno da Agência, no qual se lê que compete à Ancine 'promover o combate à pirataria de obras audiovisuais, inclusive em articulação com órgãos governamentais e associações privadas'. Apesar da específica previsão regimental, muito ainda pode ser feito pela Agência para combater tais práticas".
O documento entregue pelo grupo dimensiona a pirataria em R$ 2,1 bilhões e R$ 721 milhões em impostos. Chama ainda a atenção para a pirataria na Internet, que cresce de maneira "alarmante" e aponta para a existência de "400 websites de pirataria audiovisual voltados para o mercado brasileiro. Ao todo, eles oferecem mais de 13 mil títulos nacionais e estrangeiros, incluindo lançamentos ainda no cinema e somaram 1,7 bilhão de visitas no período de dezembro de 2015 a maio de 2016".
Por fim, diz a carta, "a proposta do Conselho Superior de Cinema é de grande importância para o setor criativo. Robustecer o combate à pirataria é um passo importante para que o mercado audiovisual continue crescendo. Sendo assim, as entidades abaixo subscritas vêm a público corroborar a importância da recomendação feita pelo Conselho Superior de Cinema, no sentido de robustecer o combate à pirataria e fazer um apelo à Diretoria Colegiada da ANCINE para que aprove e implemente medidas mais eficazes para o enfrentamento da prática ilícita".
O assunto da criação de uma coordenação deverá estar na pauta da agência esta semana.
Essa ABTA só serve pra encher o saco para criar cotas e onerar ainda mais os assinantes. Criar obrigações para os outros é fácil, mas na hora de ir a campo e resolver o maior problema de todo conteúdo áudio visual (pirataria) fica com preguiça…
A melhor ação que qualquer governo poderia tomar contra a pirataria é uma redução maciça de impostos, com contrapartidas (inclusive expansão de infraestrutura das operadoras e repasse das reduções ao varejo) bem claras para todos os envolvidos.
Há alternativas, não há interesse político ou econômico nisso.