Não existe na atual edição do Mobile World Congress, que acontece esta semana em Barcelona, uma tecnologia ou aplicação que possa ser, até aqui, definida como grande novidade. O que se vê é muito mais daquilo que já se via nas edições anteriores: aplicações para banda larga, celulares multimídia, redes de alta capacidade e cada vez mais IP. Mas algumas tendências podem ser apontadas. No mercado de handsets, além dos smartphones, que dominam cada vez mais o portfólio dos principais fabricantes, o que se vê são os terminais com tecnologia de touch screen e muita capacidade para arquivos de mídia e fotos. Curiosamente, esta reportagem foi abordada, ao sair dos estandes de dois grandes fabricantes, por equipes de pesquisa de opinião que pediam para que se fizesse uma comparação entre o produtos que estão sendo lançados agora e o iPhone, da Apple. O celular de Steve Jobs pode não ser o melhor em termos de capacidade de conexão (não tem 3G, por exemplo), muito menos o mais desenvolvido para aplicações corporativas, mas parece ter virado referência em relação a usabilidade e interface com o usuário, e todo mundo vai mais ou menos pelo mesmo caminho, pelo menos nos terminais de ponta: telas grandes, menus simples, sensor de movimento e touch screen.
Integração plena
Outra tendência que se consolida nesta edição do evento é a integração entre celulares e outros tipos de dispositivos, como set-top boxes, notebooks, PDAs e televisores. Protocolos e plataformas de integração de dispositivos (como uPnP e DNAL) e redes de pequeno alcance, como Wi-Fi e bluetooth são cada vez mais comuns.
Do lado da infra-estrutura, o caminho está claro, com a finalização em janeiro das especificações do padrão LTE (evolução do HSPA), a massificação das células fento (fentocell) e plataformas IP. Nada de novo, mas tudo muito mais evoluído.