A operadora de cabos submarinos Seaborn Networks anunciou nesta segunda-feira, 11, ter completado o projeto de financiamento total do cabo Seabras-1, que interligará os pontos de presença (POPs) de Nova York e Santos (SP). De acordo com a empresa, todas as condições para o financiamento de US$ 500 milhões foram compridas, como a definição de dívidas e de fundos de capital.
Segundo a Seaborn, a manufatura do sistema está "em progresso", mas a data de lançamento foi adiada. Antes prometida para final de 2016, agora o plano é de que a estrutura esteja pronta no segundo trimestre de 2017.
O Seabras 1 é um projeto em parceria com a gestora de investimentos Partners Group, que entrou com capital social – o desenvolvimento do capital ficou a cargo da Seaborn. O financiamento também inclui uma projeção de dívida de até US$ 267 milhões promovida pelas empresas Natixis, Banco Santander, Commerzbank e Intesa Sanpaolo (antiga acionista da holding Telco, junto com Assicurazioni Generali,Mediobanca e Telefónica, e que controlava a Telecom Italia). O débito tem garantias da agência francesa de exportação de crédito, a Compagnie Française d'Assurance pour le Commerce Extérieur (Coface).
A rota submarina está sendo construída pela Alcatel-Lucent Submarine Networks, agora parte da Nokia, com cabos de fibra apagada para rotas metropolitanas e de backhaul no fim de cada ponta. O Seabras-1 utilizará seis pares de fibra com capacidade inicial máxima de 72 Tbps. A rota incluirá ramificações instaladas com certos pares de fibra em Halifax (Canadá); Ashburn, Miami e St. Croix (EUA); Fortaleza e Rio de Janeiro; e Las Toninas (Argentina). Microsoft, Tata Communications, Netell Telecom e Citatel Dutos e Fibras Ópticas já anunciaram ter comprado capacidade do cabo.