A Telecom Italia (TI) pode anunciar esta semana, segundo a imprensa internacional, a venda de sua divisão móvel, a TIM. A separação entre a divisão móvel e fixa se daria mundialmente, afetando, portanto, os negócios no Brasil. De acordo com o Wall Street Journal, o comprador mais provável é um fundo de private equity, cujo nome ainda é desconhecido. O WSJ espera um anúncio formal para esta segunda, dia 11.
Por aqui, o desenrolar dos negócios da Telecom Italia é fundamental para que se tenha uma perspectiva mais clara do futuro não só da TIM como também da Brasil Telecom, onde a TI é acionista minoritária, mas parte do acordo de acionistas.
Fundos de pensão e Citibank, controladores da Brasil Telecom, desejam vender a empresa, e os italianos seriam potenciais candidatos, mas as negociações parecem não avançar nada desde que a Telecom Italia tentou comprar a parte do Opportunity na empresa, em fevereiro de 2005, negócio supostamente desfeito no começo deste ano. Por outro lado, existe uma grave situação de sobreposição de licenças entre a BrT e a TIM, também controlada pela Telecom Italia. As duas empresas têm outorgas de SMP e serviços de longa distância em áreas coincidentes, o que é proibido pela legislação. A Anatel deu até o dia 29 de outubro para que a sobreposição de licenças seja desfeita de alguma forma. Uma das soluções seria a fusão entre BrT GSM e TIM ou a aquisição, por parte dos italianos, da participação dos fundos de pensão e do Citi na Brasil Telecom. Outra hipótese seria fundos de pensão e Citi adquirirem a participação da Telecom Italia na BrT. Todas as hipóteses, de qualquer forma, podem ser afetadas em caso de uma venda mundial da TIM. Uma quarta alternativa seria o afastamento temporário da Telecom Italia do grupo de controle da Brasil Telecom, com a transferência de suas ações na empresa para um fundo fiduciário até que se encontre uma solução definitiva.
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