Globo cobra restrição de capital estrangeiro em empresas jornalísticas

Na abertura da ABTA 2010, na tarde desta terça, 10, o presidente das Organizações Globo, Roberto Irineu Marinho, criticou a presença de empresas estrangeiras atuando no setor de mídia do país. Segundo ele, a Constituição é clara ao determinar que empresas jornalísticas devem ser controladas majoritariamente por brasileiros, o que está previsto no seu artigo 222. Quando a Constituição foi escrita, lembrou, a referência era a jornais e revistas. "Hoje, não há como deixar de incluir a Internet ou a TV fechada: se a empresa é jornalística e destinada ao público brasileiro, não se pode fugir da Constituição", disse.
Marinho elogiou a ação da Abert e da ANJ, que atuam para chamar a atenção do Congresso e acionam a Justiça "para que o espírito da Constituição seja respeitado nessa nova mídia". Vale lembrar, as duas associações vêm tentando barrar as empresas estrangeiras que atuam no país tendo como alvo claro, entre outros, o portal Terra, ligado ao grupo Telefônica, bem como o grupo português Ongoing, cuja esposa do principal acionista (brasileira) é controladora do jornal Brasil Econômico. Para Marinho há hoje tentativas de burlar a Constituição "até na mais antigas das mídias, o jornal impresso".
"Não há nação soberana e democrática que entregue a estrangeiros a capacidade de informar a seus cidadãos", disse, lembrando que nos Estados Unidos, Rupert Murdoch, australiano de nascimento, teve de se naturalizar americano para poder operar suas empresas de comunicação. "No Brasil não pode ser diferente", disse.

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