Merrill Lynch não acredita em novos players no leilão de 700 MHz

Apesar de todo o esforço do governo de buscar um novo competidor para o Brasil com a venda da faixa de 700 MHz, o Bank of America Merrill Lynch acha pouco provável que isso aconteça.

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Para Maurício Fernandes, chefe da área de análise de investimento do banco, o retorno sobre o investimento de uma rede construído do zero seria muito difícil e demorado.

"Eu me surpreenderia muitíssimo (se houvesse um novo player). Para as operadoras fazerem esse investimento já é difícil, uma outra operadora vir sem o 2G, sem o 3G e montar uma infraestrutura, mesmo que use dos outros, acho difícil", afirma ele.

Fernandes comentou um eventual interesse no leilão por parte da Sky, que já possui operação de banda larga móvel com 4G em algumas cidades. Para ele, é difícil casar o serviço de TV por assinatura com o de banda larga móvel ou telefonia móvel. "TV por assinatura é decisão familiar; móvel, decisão quase que pessoal. Não me parece um business case de sucesso", disse ele.

O governo está empenhado em trazer um novo competidor para o Brasil. Tanto é que vai realizar no final do mês um roadshow em Londres e Nova York para apresentar as regras do leilão a investidores estrangeiros. O ministro Paulo Bernardo declarou recentemente que a banda larga móvel ainda tem muito espaço para crescer no Brasil e, além disso, no leilão de 700 MHz não haverá metas de cobertura, assim o operador poderá escolher as áreas em que irá atuar.

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