Vivo comemora crescimento no segmento móvel, mas ainda não vê efeito direto do 5G

Christian Gebara, presidente da Vivo

Segundo o presidente da Vivo, Christian Gebara, os resultados positivos da empresa com os serviços móveis ainda não estão diretamente relacionados ao 5G, mas sim com uma oferta de planos melhores, efeitos da redução de ICMS (que aumentou a recarga), incorporação da base pré-paga da Oi Móvel e ganho de base. 

Segundo Gebara, em conferência com jornalistas para a divulgação dos resultados trimestrais, a penetração do 5G na base pós-paga, onde o serviço está disponível, é de 20%, mas não é isso que puxa os resultados (cujo crescimento foi de 15,4% em receita), ainda que exista, com o 5G, uma possibilidade de ganho com a venda de pacotes mais caros. 

No segmento pré-pago a penetração do 5G é menor, então o que explica o aumento de receita de 18% no primeiro trimestre é a incorporação da base da Oi e também a melhoria nos valores de recarga. Segundo Gebara, isso está relacionado aos efeitos da redução de ICMS.

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Ele destacou que a rentabilização do 5G virá justamente da oportunidade de venda de planos melhores e serviços agregados, e apontou um cenário diferente do que foi experimentado pela operadora no 4G. "O preço de entrada do aparelho 5G hoje é de R$ 1,3 mil, menos do que era no início do 4G, e com o parcelamento ele fica mais acessível", disse Gerara. No portfólio da Vivo, 68% dos aparelhos já são compatíveis com o 5G.

Os resultados da empresa destacam também a oferta combinada de fibra com pós-pago, que nas lojas físicas já representa 78% das vendas e que têm contribuído significativamente para a redução do churn da operadora nos clientes de maior valor.

Banda larga

Christian Gebara destacou que apesar da retração do mercado de banda larga fixa observado no início deste ano, em decorrência da desaceleração pós-pandemia, a Vivo segue liderando na adição de novos clientes e comemorou o crescimento de quase 17% na base de FTTH e um resultado positivo nas receitas fixas mesmo considerando os serviços não-core (voz e xDSL), e apontou a expectativa da empresa de chegar a cerca de 29 milhões de homes passed. Hoje a proporção de acessos instalados por domicílios disponíveis (take-up) na rede de fibra da Vivo é de  23,3%.

Serviços digitais

A Vivo decidiu abrir pela primeira vez alguns  números relacionados à venda de serviços digitais. No segmento de venda ao consumidor, os destaques são a receita de R$ 101 milhões no trimestre gerados com a venda de serviços OTT (Globoplay, Netflix, Amazon Prime, Spotify etc), que totalizam 2,2 milhões de clientes; R$ 94 milhões com serviços financeiros; e R$ 60 milhões com serviços de saúde.

No segmento B2B, a receita com serviços digitais já supera R$ 800 milhões (cloud, IoT, segurança e soluções), o que representa um crescimento de mais de 30% no ano.

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