O presidente da Hispamar, Luiz Francisco Perrone (ex-conselheiro da Anatel), está de malas prontas para deixar a empresa, após cumprir uma jornada de três anos. O executivo disse que este era o prazo inicial para seu contrato e, embora pudesse ser renovado, decidiu sair. Seguiu o mesmo modelo adotado na Anatel, onde após um madato de quatro anos considerou seu trabalho concluído. Entretanto, agora permanecerá no cargo até que a Hispamar encontre um substituto. Perrone resolveu deixar a empresa nove meses após o lançamento do satélite Amazonas. Considera que realizou um bom trabalho e cita a meta de ocupação do satélite para seis meses, que era de 25%, mas já atingiu 35% no período. Quanto aos resultados financeiros, como rentabilidade e amortização dos investimentos, estes só serão alcançados em alguns anos. Mas, o projeto é viável, assegurou.
Sobrevida do satélite
Após o lançamento, em agosto do ano passado, o satélite Amazonas sofreu um acidente que fez com que perdesse cerca de 30% de sua vida útil, projetada em 15 anos. Um dos tanques oxidantes, que aciona os foguetes, começou a perder a pressão. E o que aciona a pressão é o gás hélio. Perrone disse que estão sendo realizados testes para tentar uma manobra que, remotamente, aqueça o tanque para empurrar o gás. Estão sendo feitas simulações em terra e não há prazo para pôr a experiência em prática, mesmo porque ainda há uma longa vida útil pela frente, de aproximadamente dez anos.