Telebras: foco da estatal não é concorrência com operadoras móveis

Evento de 51 anos da Telebras

O presidente da Telebras, Frederico de Siqueira Filho, disse que não é objetivo da estatal concorrer com as operadoras no serviço de telefonia móvel. Na verdade, a empresa pretende se apresentar como um grande provedor de soluções digitais, sendo a conectividade um meio para isso.

Fred Filho disse que o papel da Telebras é de atender às exigências lançadas por políticas públicas do MCom, incluindo a rede privativa móvel em Brasília para uso do governo prevista no leilão do 5G. "Isso é atender uma política pública para as forças de segurança e Defesa, para a conectividade das escolas etc. Já as operadoras têm o seu papel e sua contribuição", afirmou o presidente da Telebras, em evento que comemorou os 51 anos da empresa. A solenidade aconteceu nesta terça-feira, 9, no auditório do Ministério das Comunicações (MCom).

Ele disse que já solicitou à Anatel a operação do serviço na faixa de 700 MHz, pensando no uso da faixa secundária. "A rede privativa é um ativo valiosíssimo, que está construído em cima do core da rede da Telebras. Ela utiliza nosso data center, e estará à disposição em função da resiliência de rede. Estamos prontos para crescer. Precisamos agora de uma área comercial ativa", disse.

Notícias relacionadas

Inicialmente, a rede privativa vai operar na área de Brasília. A diferença para redes tradicionais é que ela terá uma criptografia de estado desenvolvida em parceria com os órgãos do governo, apontou Siqueira.

Filho também destacou que a estatal pretende disponibilizar todos os seus serviços para o governo. "Estamos falando de data center, de serviços de imagens por satélites e do projeto do segundo satélite", exemplificou.

Já a rede privativa nacional contará ainda com a integração da SGDC da Telebras, que cobre todo o território brasileiro na banda Ka, sendo uma alternativa para estabelecer a comunicação nas áreas de fronteira, além das redes móvel e fixa.

Satélite

Sobre satélites, Fred Filho disse que a Telebras está estudando o modelo do próximo satélite que a estatal pretende construir. "Ainda não sabemos se será um satélite LEO (baixa órbita) ou geoestacionário. Enquanto isso, podemos contratar capacidade de empresas brasileiras, mas com operação toda feita pela Telebras. Queremos ser um hub satelital no Brasil, já que somos a maior operadora de satélites no País", disse Fred no evento.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
CAPTCHA user score failed. Please contact us!