Radiodifusão e parlamentares cobram da Anatel coordenação de estudos sobre interferência

Atualmente pelos menos três estudos estão sendo feitos para identificar o tamanho da interferência que poderá ser causada pelo LTE nas transmissões de TV e vice-versa: um da Anatel e os outros conduzidos pelos setores diretamente interessados na licitação da faixa, a radiodifusão e as telecomunicações.

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O senador Lobão Filho (PMDB/MA) questionou o presidente da Anatel sobre a necessidade de que esses estudos tenham uma coordenação comum. O diretor da Abert (que também falou em nome da Abratel), Paulo Ricardo Balduíno, fez o mesmo pedido ao presidente da Anatel. "A saída é um trabalho compartilhado envolvendo os dois setores com a coordenação da Anatel e do Minicom", disse ele.

O presidente da Anatel, João Rezende, garante que a agência tomará todas as medidas para mitigar a interferência, como o aumento da banda de guarda e reduzir a banda a ser licitada para garantir a acomodação completa da radiodifusão quando for o caso, mas no que se refere à coordenação dos estudos, Rezende desconversa. "No momento certo vamos chamar os setores e não vai faltar debate", disse ele. Balduíno chama a atenção para o fato de que com metodologias diferentes os estudos podem chegar a conclusões distintas.

Japão

Mais uma vez a radiodifusão trouxe os resultados apurados pelos japoneses, que estimam em US$ 3 bilhões o custo para mitigar a interferência. A novidade talvez seja a informação de que a interferência foi identificada em todos os canais e não apenas naqueles contíguos à faixa que será usada pelas teles.

O presidente da Sociedade de Engenharia de Telecomunicações (SET), Olimpio José Franco, acrescenta que os dispositivos móveis capazes de receber a TV digital serão os mais prejudicados, já que é impossível instalar filtros neles.

O pleito da radiodifusão é que não se tomem medidas para licitar a faixa sem que se tenha o cenário mais definido do problema da interferência, mesmo que isso signifique postergar a licitação da faixa. "Desde 2011 o Japão está produzindo televisores com filtros mais parrudos e eles só vão fazer a licitação em 2015”, afirma Balduíno.

Para a radiodifusão, o edital deveria prever claramente que o custo de mitigação dessa interferência, além do custo para a migração das emissoras para outra faixa, deve ser suportado pelas entrantes na faixa.

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