Preso por espionagem em 2004 nega acusações à Justiça

O português Thiago Nuno Heiderich Verdial negou hoje à Justiça Federal as acusações de que ele tenha participado dos grampos ilegais envolvendo espionagem encomendada pelo grupo Opportunity no Caso Kroll. Preso pela Polícia Federal (PF) em 2004, ele é acusado pelo Ministério Público Federal (MPF) de ser um dos operadores do esquema.
Na época de sua prisão, ele teria afirmado a agentes da PF que mesmo após se desligar da Kroll continuou a realizar trabalho de espionagem para a empresa. A Kroll, segundo denúncia do MPF, teria sido contratada para espionar empresários, integrantes do governo e jornalistas.
Em 2004, a PF, com autorização judicial, monitorou as comunicações de Verdial por meses antes de sua prisão. Com ele foram apreendidos, na época, um laptop e documentos que foram analisados pela polícia. Os dados são mantidos em sigilo, pois o processo corre em segredo de Justiça.

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Verdial, no entanto, teria admitido a existência do esquema de espionagem à reportagem do jornal Folha de S.Paulo naquele mesmo ano. A Folha, logo após a prisão de Verdial, publicou matéria na qual ele tenta minimizar sua participação em todo o caso, dando a entender que haveria pessoas acima dele com responsabilidade maior.
?Eu estou no meio dessa história toda. Sou a menor das partes. Sou uma mosquinha perto disso tudo. Não é comigo que vocês têm que falar. É com a Brasil Telecom, é com a TIM, é com a Kroll?, teria dito Verdial antes de sua prisão segundo reportagem publicada pela Folha de S.Paulo em julho de 2004.
O depoimento de Verdial durou cerca de seis horas, um dos mais demorados entre os que ocorreram esta semana. Uma das razões teria sido seu nervosismo em alguns momentos do interrogatório. Mas, de uma forma geral, Verdial seguiu a mesma linha de defesa de outros diretores e funcionários da Kroll ouvidos pela Justiça.

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