Em mais uma jogada na disputa comercial contra a China, os Estados Unidos aumentaram as restrições ao fornecimento de chips à Huawei.
A informação foi confirmada pelo Departamento de Comércio dos EUA (DoC) após publicação pelo Financial Times. A medida afeta licenças concedidas para a Intel e a Qualcomm e tem impacto direto na fabricação de smartphones e notebooks por parte da Huawei.
A nova rodada de sanções tem relação com a pressão que congressistas dos EUA fizeram ao governo de Joe Biden. Em abril, a avaliação de parte dos membros do parlamento foi de que o DoC permitiu que a Intel vendesse chips mais avançados para alimentar a produção do primeiro notebook equipado com inteligência artificial (IA) da Huawei.
A justificativa por parte dos parlamentares e de autoridades de segurança dos EUA para essa batalha contra a Huawei é baseada na não recente acusação de que o conglomerado esteja diretamente envolvido com o governo chinês em planos de espionagem. Tal acusação, no entanto, é negada pela Huawei.
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Esta não é a primeira vez que os EUA tomam ações para frear o desenvolvimento tecnológico da companhia chinesa. O governo de Biden já implementou medidas para limitar o acesso da Huawei a tecnologias consideradas críticas.
Recentemente, a Comissão Federal de Comunicações (FCC) também tomou medidas para impedir que o laboratório da empresa certifique dispositivos sem fio para uso nos Estados Unidos.
A Huawei tem enfrentado restrições para obter componentes e software estrangeiros nos últimos cinco anos. Desde 2019 as regras do Departamento de Comércio passaram a exigir que os fabricantes de chips obtenham uma licença para exportar certos chips avançados.