TIM vai acelerar no B2B e aguardar 'equilíbrio' na banda larga fixa

A TIM deve aguardar mudanças no cenário competitivo da banda larga fixa e acelerar o uso de redes neutras antes de direcionar investimentos ao segmento. Já o mercado B2B (corporativo) deve ser uma "nova fronteira" de crescimento de receitas para a operadora.

As indicações foram compartilhadas pelo comando da tele durante Investor Day realizado pela TIM em Nova York nesta terça-feira, 7. Além das considerações sobre o mercado móvel, a empresa indicou entender que na banda larga "a melhor opção é esperar pelo equilíbrio do mercado", segundo o diretor de receitas (CRO) da tele, Fabio Avellar.

O executivo reconheceu que o crescimento através da banda larga fixa é caminho natural para a empresa, dado o market share de apenas 2% e as perspectivas de crescimento do serviço no País. Ainda assim, o cenário de pulverização na banda larga e a pressão nos preços causada pela disputa desencorajaria investimentos imediatos.

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Neste sentido, uma abordagem "seletiva, sustentável e lucrativa" na banda larga seria a melhor alternativa, a partir de abordagem asset light, onde a operadora não é dona das redes de última milha. Mesmo defendendo a flexibilidade e demais vantagens no modelo ao lado das redes neutras, Avellar também apontou que há espaço para uma relação "mais saudável e equilibrada" entre as empresas de infraestrutura e as "ClientCos" usuárias das redes.

Já a expansão da banda larga via 5G FWA deve ocorrer apenas em um segundo momento. CEO da TIM, Alberto Griselli afirmou que a oportunidade existe, mas em nichos. Já nas maiores cidades – que estariam recebendo a maior parte do investimento 5G da empresa -, a oportunidade do FWA seria limitada pela presença da fibra, entende o executivo. "Está no roadmap, mas temos coisas mais importantes para a geração de receitas".

B2B

Uma das principais apostas da tele é o segmento B2B. Considerada uma nova fronteira de receitas, a vertical gerou R$ 300 milhões em receitas para a operadora nos últimos meses, a partir de contratos com empresas do agronegócio, logística, utilities e indústria.

Um dos modelos utilizados pela operadora é a conectividade em rodovias ao lado de concessionárias, onde a operadora desenvolve projeto de rede móvel e cobra uma quantia mensal após a implantação da cobertura. A TIM tem 4,5 mil km de vias conectadas e vê um mercado potencial de 55 mil km no País. Modelo similar pode ser usado no agro, onde 16 milhões de hectares já estão conectados pela empresa ao lado de parceiros.

Já no segmento de utilities, a TIM tem 150 mil pontos de iluminação inteligente conectados, vendo mercado potencial de 15 milhões até 2026 no Brasil. Além do segmento de Internet das Coisas (que deve quadruplicar de tamanho em cinco anos, aposta a TIM), redes privativas e a ofertas de serviços além da conectividade fazem parte da proposta B2B da empresa.

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