Vivendi pode reagir à oferta da Telefônica

Algumas análises que começam a ser feitas por fontes próximas à Vivendi são indício de como o grupo francês poderá agir para se manter vivo na disputa com a Telefônica pelo controle da GVT. De acordo com estas fontes, os controladores da GVT teriam considerado a oferta da Telefônica hostil. Além disso, alegam que houve uma negociação entre o grupo francês e os controladores da GVT, o que não aconteceu com a Telefônica. Por outro lado, a Vivendi, que discutiria no dia 14 de outubro a oferta pela GVT, vinha sendo pressionada a ampliar a sua oferta, uma vez que as ações já estavam em R$ 46, acima, portando, dos R$ 42 que a empresa estava disposta a pagar.
Outra avaliação de fonte próxima à Vivendi é de que a oferta da Telefônica ampliaria os riscos de cortes de pessoal e diminuiria as chances de concorrência em São Paulo, como estava nos planos da GVT. O interlocutor não tem informações sobre a intenção da Vivendi em aumentar o valor da oferta. Essas análises indicam que esse deve ser o caminho da argumentação da Vivendi para tentar se manter no páreo. Trata-se de de uma disputa que vai além do mercado brasileiro. Vivendi e Telefônica disputam também espaço na Europa, e os lances na América Latina são reflexo desta disputa.
Vale lembrar que no passado já houve casos, no Brasil, de ofertas menores saírem vencedoras na disputa pelo controle. Um exemplo foi, em 2004, a venda da Embratel para a Telmex, que tinha uma proposta inferior à do consórcio Calais (Telemar, Telefônica e Brasil Telecom). Naquela ocasião, contudo, o risco regulatório da oferta da Calais era muito maior.

Notícias relacionadas
No caso da GVT, uma cláusula no estatuto exige uma oferta 25% maior à de valor de mercado para a troca de controle.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
CAPTCHA user score failed. Please contact us!