Nos EUA, AT&T testa WiMax, gosta, mas ainda tem restrições

Entre os entusiastas do WiMax que participaram da Globalcomm 2006, evento de telecomunicações realizado esta semana nos EUA e que teve um capítulo separado dedicado ao tema, a grande esperança de um futuro garantido para a tecnologia é a AT&T. É a maior operadora do mundo a desenhar um plano de adoção da tecnologia WiMax (fixo, não móvel). Segundo Sanford Brown, vice presidente de desenvolvimento de produtos da AT&T, trata-se de uma aposta extremamente promissora e que já está em teste em seis localidades, podendo iniciar as operações comerciais em 21 cidades. Mas a AT&T ainda não estabeleceu os prazos. Como toda a tecnologia, o WiMax está sendo analisado pela empresa dentro de alguns parâmetros: como ela será introduzida, como se ajustará ao modelo da empresa, como criará valor e qual o seu estágio de desenvolvimento. Segundo Brown, o WiMax promete muito para grandes distâncias, tem instalação simples e fácil e permite múltiplas aplicações. Tudo isso pesa a favor. Mas ainda estão sendo testados aspectos como eficiência espectral, custo-benefício, interoperabilidade e receptividade junto os consumidores (os testes são tanto com usuários residenciais como corporativos). Os levantamentos internos da AT&T mostram que entre os usuários de teste, os atributos cobertura e velocidade foram os que mais impressionaram. Os que menos impressionaram foram os custos e a confiabilidade. A AT&T notou que faz uma diferença considerável no desempenho da tecnologia a densidade da localidade em que o serviço é prestado e detectou um sério problema de latência nas transmissões, acima dos índices das tecnologias concorrentes. A conclusão, para o caso de ser o WiMax a principal opção de acesso, foi a de que a tecnologia funciona, mas que ainda precisa melhorar em alguns aspectos, ter um caminho de evolução mais claro e melhorar a relação de custo. Como uma tecnologia de acesso complementar, ele perderia para DSL, cabo e outras em vários aspectos, mas ganha na cobertura. A AT&T, contudo, não testou o WiMax com a possibilidade de mobilidade, e continua apostando nas redes de WCDMA da Cingular, onde é sócia, para este fim.

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