O fato de não ter participado do leilão das faixas de 2,5 GHz não significa que a Algar Telecom não esteja interessada no LTE. A empresa está realizando um estudo de espectro para analisar se é possível introduzir a tecnologia na faixa de 1.800 MHz que em outros lugares do mundo é usada para o LTE. “Não temos a frequência do LTE,mas nada impede termos a tecnologia”, afirma o diretor de operação e tecnologia da Algar Telecom, Luis Antônio Lima.
O estudo vai identificar se é possível reduzir o espaço usado pelo GSM na faixa. Hoje a Algar tem 10 MHz + 10 MHz em 1800 Mhz. Segundo Lima, tecnicamente é possível destinar 5 MHz + 5 MHz para o LTE e 5 MHz + 5 MHz para o GSM.
A redução do espectro para voz pode ser viável visto que há um movimento natural de substituição dos aparelhos GSM por aparelhos 3G. “A expectativa é que no terceiro trimestre deste ano a gente tenha isso mais bem estruturado para ter visibilidade do que se pode fazer”, estima ele. Segundo o executivo, a empresa ainda deve consultar a Anatel para saber se pode introduzir a nova tecnologia em uma frequência que já tem.
A Algar Telecom, ele explica, não participou do leilão de 2,5 GHz em função dos custos de cobertura, já que trata-se de uma frequência alta. Além disso, a penetração de smartphone na área de atuação da companhia foi considerada baixa.