Algumas concessionárias de telefonia fixa começam a fazer as contas para saber se seria vantajoso que houvesse um adiamento nos contratos de concessão que, em tese, devem vigorar a partir de janeiro de 2006. É uma conta de prós e contras. Como aspectos negativos dos novos contratos, entre outros, estão as mudanças na questão pulso-minuto, metas de competição, o novo índice setorial e a obrigatoriedade de pagamento pela concessão bienal de 2% sobre a receita líquida do ano anterior. São variáveis novas, que podem parecer extremamente desvantajosas para as empresas, o que justificaria uma certa pressão sobre a Anatel para que os contratos atuais fossem prorrogados por um tempo.
Mas, mantido o rumo atual da economia, com as taxas de juros e a valorização do real, a perspectiva de uma deflação em 2006 é plausível. Pelas contas iniciais das concessionárias, teme-se que, mantidos os reajustes pelo IGP no ano que vem (o que só aconteceria em caso de adiamento dos novos contratos) e descontados os índices de produtividade como já se faz hoje na hora de calcular os reajustes tarifários, poderia haver até queda de tarifas em reajustes futuros. Isso poderia custar mais do que as novas obrigações. O que significa que manter a situação atual não seja assim tão bom negócio.
Contratos de concessão