A Vivo anunciou nesta sexta-feira, 5, que passou a compensar 100% das emissões diretas de dióxido de carbono (CO2), tornando-se assim uma empresa "carbono neutra". O patamar foi atingido através de redução de 50% nas emissões da Vivo em 2019 e da aquisição de créditos de carbono para compensar o restante das emissões diretas nas operações.
Segunda a empresa, este é o primeiro caso de operadora do Brasil a atingir tal padrão. Dessa forma, a Vivo estaria se antecipando à meta global do grupo Telefónica de ser carbono neutro até 2030. As informações fazem parte do Relatório de Sustentabilidade da empresa em 2019, que pode ser acessado aqui.
A redução de 50% nas emissões é relacionada sobretudo à utilização de energia renovável e à neutralização das emissões dos 5,6 mil veículos da frota da operadora. Já os créditos de carbono adquiridos para "compensar as emissões diretas que não podem ser evitadas" são convertidos aos projetos REDD+ Jari (que promove o manejo sustentável de recursos florestais em comunidades agroextrativistas nos estados do Pará e Amapá) e VTRM Renewable Energy (que contribui para a geração de energia eólica).
Desde 2018 a Vivo passou a converter 100% do seu consumo de energia para fontes renováveis, seja por meio da compra de certificados de garantia de origem, de energia incentivada do mercado livre ou da geração distribuída, a partir de pequenas centrais hidrelétricas, em Minas Gerais.
A empresa também tem implementado iniciativas para eficiência no consumo de energia, como a eliminação de duplicidades de redes e adaptação do sistema de climatização de centrais telefônicas para captação de ar. O conjunto de ações de eficiência energética gerou uma economia de cerca de 7% em 2019.
Programa global
Como um todo, o grupo Telefónica tem a meta de atingir zero emissões líquidas até 2030 em seus principais mercados (Brasil, Alemanha, Reino Unido e Espanha) e reduzir em 70% as emissões em suas operações de modo global. No Brasil, a meta para a redução de emissões da Vivo também está atrelada ao pool de bônus dos executivos.
"A descarbonização é um passo importante, que reflete nossa preocupação em minimizar o impacto da nossa operação no meio ambiente e contribuir com o esforço internacional de combate ao aquecimento global", afirmou o VP de Relações Institucionais e Sustentabilidade da Vivo, Renato Gasparetto.