Carrier billing é o futuro não apenas para bens virtuais

Enquanto o consenso do mercado é que existe oportunidades em pagamentos móveis, há a vertente também das cobranças em faturas das operadoras, o Carrier Billing. Para o country manager da companhia especializada no sistema de cobrança Boku, Filipe Rosa, o futuro é uma plataforma que consiga juntar recursos como a simplicidade do pagamento com um clique, além de harmonização. "O mercado tem que evoluir para integradoras e operadoras para um network de pagamento, replicando a experiência do cartão de crédito em celular", disse ele durante apresentação no Tela Viva Móvel nesta terça, 5.

As oportunidades são "apenas a ponta do iceberg", segundo ele. "Não achamos que o carrier billing deveria ficar limitado a virtual goods, mas para fazer isso, precisamos de ferramenta que fale de igual para igual". Há uma estimativa de que o mercado de transações com bens virtuais gere US$ 60 bilhões neste ano, mas com potencial para compras diárias de bens físicos (por meio de dispositivos móveis) de US$ 460 bilhões. É o tipo de coisa que empresas como as redes alimentícias MacDonalds e Starbucks realizam, ao movimentar US$ 1 bilhão no ano só com transações móveis do tipo.

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Além disso, há concorrência das over-the-tops. "Google e Apple querem abocanhar o mercado de varejo, são US$ 1,5 trilhão", afirma Rosa. Na opinião do executivo da Boku, as operadoras estão indo para uma "guerra mundial com estilingue, enquanto eles (as gigantes da Internet) estão indo com bazucas". "A gente tem que correr, se não seremos esmagados", alerta.

A maioridade de base pré-paga no mercado brasileiro não é entrave, ainda segundo Rosa. "Na Rússia, mercado emergente e pré-pago, a Apple já fechou com várias operadoras que o revenue share é de 94% para ela e para desenvolvedores, e o resto para operadoras. Então o negócio é ver como conviver", diz. Ele ressalta que o caso do Brasil, onde o ARPU (receita média por usuário) é de R$ 12, há casos de sucesso. "Já lançamos case no qual a operadora reserva determinado saldo do pré-pago e, a partir daí, pode fazer limite de compras. Porque a gente sabe que no Brasil tem pré com ticket médio tão alto quanto pós", explica. 

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