Zeinal Bava, presidente da Oi e da Portugal Telecom, informou nesta segunda, dia 4, em entrevista à Reuters, que está deixando o comando da operação portuguesa para se dedicar apenas à Oi. Fato relevante sobre o assunto deve ser publicado nos próximos dias, apurou este noticiário.
As operações em Portugal passam a ser lideradas por Armando Almeida, ex-vice-presidente executivo para Europa e África da Nokia Networks. A movimentação de Zeinal será replicada na área financeira. Bayard Gontijo, CFO das duas empresas, passa a se focar apenas na Oi, e no papel de diretor financeiro responsável pela área internacional, o que inclui Portugal, assume Marco Schroeder, que também será o CFO da Portugal Telecom. Schroeder é um executivo com longa passagem pela Oi, onde foi controller, e depois como CFO e CEO da Contax. É um executivo especialmente conhecido por ter bom trânsito entre todos os acionistas da Oi. Este noticiário já havia antecipado que executivos brasileiros estavam aos poucos assumindo funções em Portugal. Agora, os brasileiros passam a ter a gestão efetiva da área financeira de todo o grupo, o que é claramente um desdobramento da crise ocasionada pelo empréstimo de 897 milhões de euros feito pela Portugal Telecom à Rioforte, do Grupo Espírito Santo. Schroeder e Armando Almeida se reportam a Zeinal Bava.
Já a mudança na atuação de Zeinal tem também um significado importante: ele passa a se focar na operação da Oi com vistas a assegurar a entrega das sinergias acordadas com os investidores e a migração da Oi ao Novo Mercado, o que seria uma forma de recuperar a confiança perdida depois da recente crise. Para se ter uma ideia, só a integração deve gerar ganhos esperados de R$ 5 bilhões em sinergias às duas empresas, e isso é uma parte importante da estrutura financeira prometida para a fusão entre Oi e Portugal Telecom, que agora precisa ser cumprida à risca sob pena de mais danos à imagem da empresa.