Experiência de rede e troca de operadora caminham juntas no Brasil, aponta Opensignal

Foto: Pixabay

Usuários brasileiros de telefonia móvel que trocaram recentemente de operadora contavam com uma disponibilidade e velocidade de rede menores do que a média em suas prestadoras antigas, apontou um novo relatório da Opensignal sobre a relação do churn e a dinâmica competitiva.

A empresa de medição de redes avaliou indicadores do gênero entre clientes que deixaram a Claro, TIM ou Vivo no último trimestre de 2022, encontrando uma relação da decisão com a performance do serviços. "Isto significa que a retenção de clientes existentes e a concorrência pela qualidade das redes é ainda mais essencial para as empresas brasileiras de telefonia móvel", apontou a Opensignal.

No caso da Vivo, os usuários que deixaram a empresa ficaram 4,7% do tempo sem sinal nos 30 dias antes da mudança de operadora – contra 3,6% na média dos clientes da tele. O mesmo movimento foi visto na Claro – 4,3% versus 3,2% – e, em menor medida, na TIM (2,4% do tempo sem sinal entre ex-clientes contra média de 2,1%).

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No Brasil, a média de tempo sem sinal seria de 3,1%. Neste sentido, a Opensignal aponta que usuários com mais de 10% sem a disponibilidade de sinal representam alto risco de churn. A líder de mercado Vivo teria 8,9% dos usuários na situação, contra 8,1% da Claro e 4,8% na TIM, segundo a metodologia da empresa (que realiza a medição com ajuda de aplicativos parceiros).

Outro aspecto considerado foi a performance após a troca. Usuários que deixaram a Claro e a Vivo efetivamente passaram a ficar mais tempo conectados à rede, enquanto os que saíram da TIM não registraram a mesma tendência – saindo de 2,4% do tempo sem sinal para 3,5% na nova prestadora (veja imagem abaixo).

Vale lembrar que a disponibilidade da rede da TIM já foi destacada pela Opensignal em outros relatórios, ainda que rivais liderem em velocidade. A tendência na cobertura também se traduziu no número de capitais onde mais de 10% dos usuários ficam 5% do tempo ou mais sem sinal: elas seriam apenas 4 na TIM, contra 7 capitais na Vivo e 14 no caso da Claro, apontou a medidora.

Velocidades

Conclusão similar de performance baixa como um dos motivos para a troca de operadora foi identificada pela Opensignal no caso das velocidades de download e upload, ainda que com intervalos menores entre as notas da operadora antiga e da nova entre clientes (na casa de um ponto percentual nas três empresas).

Neste caso, a diferença é mais acentuada se considerados apenas usuários 5G. Na Vivo, a velocidade de download 5G nos últimos 30 dias de um ex-usuário (47,2 Mbps) foi menor que a média da operadora (60,7 Mbps), assim como na TIM (56,7 Mbps versus 68,5 Mbps). Na Claro a diferença de velocidade 5G foi um pouco menor (49,8 Mbps dos ex-clientes contra média 51,2 Mbps)

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