A Parks está preparada para iniciar a fabricação de equipamentos baseados na tecnologia WiMax, que serão comercializados no País no primeiro trimestre de 2007. A produção será nas atuais instalações da empresa, em Cachoeirinha, na Grande Porto Alegre/RS, onde já são fabricados atualmente 10 mil modems/mês. A nova linha começará com 1.000 CPEs (Customer Premises Equipment ? o equipamento de acesso instalado no domicílio do usuário) e 200 estações radiobase (ERBs) por mês. A empresa firmou parceria com a Fundação CPqD, que obteve o licenciamento da tecnologia com a norte-americana Proxim, num contrato de três anos, renovável. Os produtos são baseados na tecnologia da Intel. Segundo os parceiros, esta será a primeira fabricação local de equipamentos na faixa de freqüência de 3,5 GHz.
O diretor-presidente da Parks, Paulo Renato Ketzer de Souza, disse que sua empresa investirá US$ 1 milhão nos próximos cinco anos no projeto e admitiu a possibilidade de desenvolver a tecnologia no País futuramente, sem depender de parcerias. Dos 130 funcionários da empresa, 90 estão na linha de produção dos equipamentos WiMax. Aos poucos o CPqD deverá agregar tecnologias próprias, de acordo com as expectativas do mercado, disse o presidente da fundação, Hélio Graciosa.
O objetivo principal é levar a tecnologia para áreas sem cobertura de telefonia. A fabricação local possibilitará economia de escala e redução de custos. Graciosa, do CPqD, advertiu que a demora da licitação da faixa de 3,5 GHz pode fazer com que a empresa mude seus planos. Outras faixas também podem ser usadas para a difusão da tecnologia, como 2,4 GHz e 5,8 GHz. Esta última seria a mais adequada porque não depende do pagamento de licença.
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