Anatel quer nova versão do app de medição de banda larga móvel até o fim do ano

O Grupo de Implantação de Processos de Aferição da Qualidade (Gipaq) da Anatel ainda enfrenta problemas para uma medição adequada da banda larga móvel, mas já trabalha no desenvolvimento da segunda versão do aplicativo para smartphones. Segundo o coordenador técnico do Gipaq, Fábio Mandarino, a atualização é um dos projetos da entidade para este ano. A questão é conseguir uma precisão na metodologia capaz de capturar informações de forma consistente e com volume.

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"Hoje não consigo capturar de fato se estou em movimento", disse ele. "Será que o dado é totalmente confiável a ponto de pegar e ver se a operadora cumpriu ou não a meta? Tenho que fazer um estudo quase acadêmico", explica. Apesar de revelar que há a expectativa para até o final de 2014, ele prefere não estabelecer datas. "Não quero antecipar, mas posso dizer que estamos trabalhando para que isso (o lançamento da nova versão) aconteça o quanto antes."

A atualização, segundo Mandarino, está considerando variáveis como a versão do sistema operacional, ou a condição de uso no momento da aferição. "Se uma atualização de aplicativos está em andamento, concomitante com o teste, será que o afeta? Se a bateria está baixa, afeta? Se é um Android rodando em um (Samsung) Galaxy, afeta? E rodando em um Nexus? Tem grande disparidade de plataformas, e preciso ver se dentro de determinadas condições funciona. Se for fora das condições, não posso considerar, gerou dado inválido."

A versão atual do app do Brasil Banda Larga, desenvolvida pela Entidade Aferidora de Qualidade (EAQ), só mede a qualidade da conexão em smartphones quando o usuário aciona manualmente o serviço. Por não gerar dados de forma consistente, a Anatel não considera o aplicativo nas medições de Internet móvel, usando assim equipamentos instalados na rede de escolas públicas atendidas pelo Projeto Banda Larga nas Escolas Públicas Urbanas em parceria com o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). "Temos cem mil escolas na base de dados, temos todas essas aqui para o caso de precisar trocar de equipamento, para procurar outro lugar no caso de uma escola pedir para tirar, e para dar flexibilidade para administrar isso", explica.

Qualidade do LTE

Enquanto não ganhar maior expressividade no mercado nacional, o 4G ainda não está no horizonte do programa de aferição. "Vai depender da Anatel, decisão superior deles. Quando falarem para desenvolver, começo. Ainda não recebi essa orientação", diz Mandarino, sem querer adiantar também quais parâmetros seriam utilizados para medir a qualidade da rede de quarta geração. "Claro que vamos aproveitar muito do expertise do projeto do 3G, mas tem que trabalhar sobre tecnologia, equipamentos de medição do 4G, questão de custos de distribuição de equipamentos, logística, métodos de toda a sorte e cobertura".

HetNet

Por outro lado, há planos de aferir também a qualidade das redes de suporte que fazem o offload da rede móvel, como as small cells e o Wi-Fi. "Se a estratégia é auxiliar à rede 3G, é de se esperar que indicadores tendam a melhorar. Mas é algo que fica em aprimoramento, vamos trabalhar para que a tecnologia tenha a inteligência de identificar e mostrar o que o usuário está experimentando na realidade", detalha.

Fábio Mandarino esteve presente no Broadband Forum Latin America em São Paulo nesta terça-feira, 3.

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