Para incentivar seu recém lançado serviço de download de músicas completas no celular, a Claro pretende, até o final do ano, baixar seu preço de tráfego de dados à noite. Atualmente, a operadora cobra R$ 0,006 por kb em qualquer hora do dia. Ainda não foi definido de quanto será o desconto para o período noturno. Paralelamente, a operadora vai contratar um desenvolvedor para criar um software em Java que permitirá aos usuários programarem seus downloads. Ou seja, o cliente poderá durante o dia programar seu celular para realizar o download de determinado conteúdo para a noite, quando o preço será mais barato. A intenção é que esse aplicativo seja distribuído gratuitamente.
O ?Claro Player?, como é chamado o serviço de download de músicas da operadora, foi lançado esta semana. Embora um serviço similar não tenha ainda feito grande sucesso na Vivo, a Claro aposta que pode fazer o produto decolar. Segundo o diretor de serviços de valor agregado da Claro, Marco Quatorze, o segredo está em ter um portfólio amplo de músicas e também de aparelhos habilitados para o serviço. Por enquanto, o ?Claro Player? funciona apenas no W810i da Sony Ericsson e tem somente cinco músicas oferecidas pela EMI para download. No entanto, até o final do ano a meta é ter o serviço disponível em pelo menos 20 aparelhos (todos Edge) e algo entre 500 e 1 mil músicas para download fornecidas por diversas gravadoras e não apenas a EMI.
A velocidade de download, obviamente, também é importante. A Claro está promovendo o serviço apenas nas regiões onde tem ampla cobertura Edge, em estados do Sul e Sudeste do País. A velocidade de transmissão oscila entre 100 e 120 Kbps. Assim, as músicas levam entre 2 e 3 minutos para serem baixadas ? cada uma tem em média 850 Kb. No GPRS o download demora quatro vezes mais. Hoje, aproximadamente 10% da base de clientes da Claro tem aparelhos Edge.
Forward lock
Para a proteção do conteúdo fornecido pelo ?Claro Player?, a operadora adotou a modalidade de DRM (Digital Rights Management) conhecida como ?forward lock?. Essa opção consiste em impedir que o arquivo seja aberto em outros dispositivos, sejam PCs ou celulares. No máximo, o usuário pode transferir a música para o PC para fins de back up, mas não conseguirá escutá-la no computador.
Modelo de negócios
Por enquanto, o ?Claro Player? cobra apenas pelo tráfego de dados. Cada música sai por R$ 5 em média. A promoção dura até junho. Depois, haverá um preço pelo conteúdo em si, que deve girar em torno de R$ 5 também. A receita obtida pelo conteúdo será dividida entre os parceiros (operadora, gravadora, editora e integrador). O ?Claro Player? utiliza plataforma da SuppportComm para os downloads.
Seminário
As perspectivas de negócio com a distribuição de músicas pelo celular (fulltrack) é um dos temas do 5º Tela Viva Móvel, evento organizado pela revista TELETIME e que acontece nos dias 9 e 10 de maio em São Paulo. Mais informações sobre o evento podem ser encontradas em www.convergeeventos.com.br ou pelo telefone (11) 3120-2351.
O evento discute ainda mobile marketing, TV digital móvel e games no celular. Da Redação – TELETIME News