EV-DO avança nas operadoras latino-americanas

As redes EV-DO, cujas taxas reais de transmissão estão entre 600 kbps e 800 kbps, avançam em toda a América Latina, segundo o diretor regional para a AL do CDMA Development Group, Celedonio von Wuthenau. O primeiro país a adotar redes EV-DO foi o Chile (na operadora Smartcom). A tecnologia já está presente também na Venezuela, Guatemala, República Dominicana e Porto Rico e, em breve, deve chegar aos mercados do México e do Peru. A Argentina também deve começar a oferecer a rede em breve. Wuthenau afirma que o usuário dessas redes são, em geral, clientes corporativos. Por enquanto, para o usuário final, o custo da rede é alto e a disponbilidade de aparelhos é baixa. Na Argentina, segundo Wuthenau, foi feito um estudo que comprova que uma base de 10 mil usuários já é suficiente para dar o retorno do investimento numa rede dessa tecnologia em apenas um ano.

Assinantes

Segundo Wuthenau, já existem no mundo mais de 10 milhões de assinantes EV-DO. Nos EUA, Verizon e Sprint estão em pleno processo de implantação de redes nacionais dessa tecnologia, também disponível em larga escala no Japão e na Coréia do Sul. Há mais rede EV-DO nos EUA do que rede W-CDMA (evolução do GSM/EDGE, com velocidade de 384 Kbps). A Cingular, também dos EUA, se viu obrigada a migrar para o W-CDMA para poder enfrentar suas concorrentes Verizon e Sprint com suas redes EV-DO. No Brasil, a Vivo deu início à sua operação comercial de EV-DO e as demais operadoras ? Oi, Claro, TIM, Telemig, CTBC e Sercomtel, de tecnologia GSM/GPRS/EDGE, terão que, em breve, apresentar evoluções compatíveis de velocidade.

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Wuthenau avalia que está em curso uma mudança do modelo de negócios das operadoras, que investem fortemente em dados e na arquitetura de redes baseada em VoIP. A própria Vivo, segundo a Motorola, prepara a infra-estrutura de sua rede com softswitches IP para aumentar a capacidade de tráfego de dados e também de voz sobre pacotes e não mais sobre circuitos, numa clara evolução e adoção da tecnologia VoIP para voz e dados. Mas, alerta Wuthenau, a essência dos aparelhos móveis é e continuará a ser a voz. Se as operadoras móveis não oferecerem esse produto com qualidade, não adianta oferecer um cardápio de todas as aplicações possíveis porque o que o usuário quer do celular é tão somente voz. As demais aplicações, lembra o diretor do CDG, apenas tornam mais confortável a vida dos assinantes.

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