Oi estima fluxo de caixa negativo em 2022, mas recuperação a partir de 2024

Foto: Pixabay

Começando 2023 já fora da recuperação judicial e com uma estrutura mais simplificada, a Oi ainda precisará lidar com desafios para o futuro próximo, incluindo ajustes no cronograma de venda de ativos e a renegociação com credores assessorada pela Moelis. No final do ano, a empresa divulgou material apresentado a esses credores, com previsões até 2031. Apesar de nenhum acordo ter sido alcançado ainda, a empresa diz que as partes estão dispostas a continuar a discussões para a reestruturação da dívida.

A Oi espera voltar a ter geração de fluxo de caixa operacional (EBITDA – Capex) em 2024, chegando a um valor próximo de R$ 2 bilhões em 2026. Isso com os serviços legados impactando negativamente o fluxo de caixa até 2025, com queda nas receitas de voz fixa e despesas elevadas. Assim, segundo as previsões da empresa, o ano de 2022 fechará com fluxo de caixa negativo de R$ 2,436 bilhões. Isso voltaria a ser positivo em 2026, com R$ 276 milhões, chegando a R$ 1,805 bilhão em 2026 e totalizando R$ 3,334 bilhões em 2031.

Por outro lado, a Oi Fibra deve chegar a margem EBITDA de 24% e contribuindo anualmente ao caixa com R$ 1,8 bilhão em 2026. A Oi Soluções, braço corporativo da empresa, deverá ter crescimento de receita a partir de 2025 (com taxa de 6% no crescimento médio anual composto entre 2024-26), gerando caixa com crescimento de receita e chegando a R$ 260 milhões em 2026.

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Números

As previsões não refletem possíveis resultados positivos de temas não operacionais, como "monetização da participação na V.tal" (ou seja, venda da fatia que a Oi ainda detém na empresa de infraestrutura controlada por fundos geridos pelo BTG Pactual), venda de ativos ou o saldo da arbitragem junto à Anatel. Há porém a estimativa de que, a partir de 2026, a empresa já não teria mais a concessão.

Desta forma, a companhia estima que encerrou 2022 com receita líquida de R$ 10,383 bilhões. Essa cifra aumentaria progressivamente: em 2024, chegaria a R$ 11,808 bilhões, passando para R$ 13,305 bilhões em 2025 e até R$ 16,058 bilhões em 2031. A fibra teria um uma contribuição maior a cada período: de 40% em 202 para 69% em 2024, 79% em 2026 e 80% em 2031. Já o legado cairia de 38% para, respectivamente, 13%, 4% e, novamente, 4% ao fim do período.

Por sua vez, o EBITDA passaria a ter um aumento significativo na metade desse recorte temporal. Em 2022, a Oi estima ter obtido R$ 1,366 bilhão, o que cairia para R$ 1,291 bilhão em 2024. Porém, dois anos depois, mais do que dobraria, chegando a R$ 2,742 bilhões, e subindo ainda mais em 2031, chegando a R$ 4,266 bilhões. 

O Capex da operadora seria cada vez menor. Enquanto em 2022 seria de R$ 3,802 bilhões (incluindo R$ 1,7 bilhão para a construção de rede de fibra), a quantia cairia para R$ 1,015 bilhão em 2024 e para R$ 936 milhões em 2026, mantendo esse patamar (para R$ 932 milhões) em 2031.

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