Furukawa diz que segmento melhorarará em 2007

O presidente da Furukawa Brasil, Foad Shaikhzadeh, afirmou que o mercado de fibras ópticas – com uma demanda entre 10% e 15% da capacidade produtiva – deve voltar a se aquecer somente a partir de 2007. Foad vê pelo menos quatro mercados para a expansão da fibra óptica: banda larga crescente; aumento de volume no acesso; utilities, com demanda interna de sinalização e controle, como os projetos da Ceterp, Celg e Copel; e TV a cabo, com a Net/Telmex que, recentemente, iniciou consultas junto à própria Furukawa para a compra de fibras.
Para este ano, a expectativa é que a demanda por fibra óptica no Brasil seja de apenas 250 mil quilômetros de fibras. Para comparar, no ano passado foi de 220 mil km. O auge aconteceu nos anos de 2000 e 2001, com demandas de 1,9 milhão de km e 2,1 milhões de km, respectivamente. No ano passado, conforme os dados do Atlas Brasileiro de Telecomunicações 2005, havia 10,5 milhões de km de fibras ópticas instaladas no País.

Teles

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Foad diz que ainda falta muito no Brasil para se chegar a mercados como o Japão e os EUA, onde o investimento em fiber-to-the-home (FTTP) está aquecido. No Japão, a NTT investiu fortemente em fibras ópticas para substituir as redes metálicas. O motivo foi econômico: pela legislação, a incumbent é obrigada a fazer unbundling da rede metálica, ao passo que não existe essa exigência para a rede de fibra. Com a FTTP, a NTT tem recuperado mercado, perdido para um entrante, o Yahoo! BB, que se beneficia do unbundling. No mercado japonês, a procura por FTTH é tão alta que o crescimento do ADSL está estagnado e o de cable modem tem crescido moderadamente. A rede baseada em FTTP oferece taxas de 20 Mbps.
Nos EUA, o forte investimento da Verizon e da SBC em FTTP se deve pelos mesmos motivos, ou seja, pela obrigatoriedade de fazer unbundling das redes de cobre e, também, segundo Foad, porque as teles norte-americanas pleiteiam novos serviços, como o de vídeo, por exemplo. Só que as operadoras norte-americanas estão capitalizadas, ressalta Foad, para bancar esse investimento, que está na casa dos bilhões de dólares.

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