Após uma série de adiamentos por conta das condições climáticas na Flórida (Estados Unidos), o foguete Falcon Heavy da SpaceX enfim foi lançado a partir do Centro Espacial Kennedy no domingo, 30, carregando o satélite geoestacionário ViaSat-3 Americas. O veículo levou aproximadamente quatro horas e meia para colocar o artefato em órbita inicial.
Nos próximos dias, o ViaSat-3 deverá abrir os painéis solares e seguir para a posição orbital final, em 88,9º Oeste. Segundo a Viasat, isso deverá levar "menos de três semanas". A entrada em operação está prevista para a metade deste ano.
O lançamento bem sucedido marca um novo capítulo para a operadora satelital, afirmou em comunicado o chairman e CEO da Viasat, Mark Dankberg, ressaltando as características e throughput em banda Ka do ViaSat-3. "O primeiro satélite Americas vai multiplicar nossa capacidade disponível e permitir velocidades maiores e mais cobertura – especialmente para nossos clientes de mobilidade [comunicação embarcada]", disse.
Dankberg se refere à cobertura total da região, mas no caso do Brasil isso é ainda mais verdade. A Viasat atualmente realiza todas as operações com base no Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações (SGDC), da Telebras, em contrato de exploração comercial com compartilhamento de receita. Com o ViaSat-3 capaz de entregar mais de 1 Tbps de capacidade e tecnologia de feixes flexíveis, a empresa espera também competir mais fortemente no mercado de banda larga no País.
Outros dois satélites da classe ViaSat-3 deverão ser lançados. Um para a região do Oriente Médio e África (atualmente em testes ambientais na fábrica da Boeing na Califórnia) e outro para a região da Ásia-Pacífico (em testes de integração de carga na própria Viasat).