A segunda tentativa de assembleia geral extraordinária de acionistas da Oi foi realizada nesta quinta-feira, 1º. Desta vez, o grupamento de ações foi aprovado pelos participantes da reunião, mas com uma relação bem mais conservadora do que a proposta original do conselho de administração da companhia.
Assim, a AGE aprovou o grupamento de todas as ações ordinárias e preferenciais de emissão da companhia na proporção de 10 para 1. Originalmente, a administração da Oi havia proposto um fator de grupamento de 50 para 1, considerado normal por fontes do mercado consultadas por TELETIME.
No caso das american depositary shares (ADSs), não houve grupamento. Assim, cada ação ordinária passará a representar duas ADSs ON, enquanto as preferenciais serão equivalentes a 10 ADSs PN.
A assembleia serviu também para aprovar a alteração do estatuto social, refletindo as alterações do grupamento. Desta forma, o capital social da companhia passa a ser de 660.303.745 ações, sendo 644.531.021 ordinárias e 15.772.724 preferenciais, todas nominativas e sem valor nominal de emissão.
Os acionistas terão o prazo até o dia 6 de janeiro para ajustar as posições de ações, por espécie, em lotes múltiplos de dez ações, de forma a permanecer integrando o quadro acionário da Oi após o grupamento ser efetivado. A partir de 9 de janeiro, as ações passarão a ser negociadas exclusivamente já no novo formato.
Frações de ações após o período de ajustes serão reagrupadas em números inteiros e vendidas em leilão (ou mais de um) na Bolsa. Os valores resultantes da venda serão disponibilizados aos titulares após a liquidação financeira.
Conforme informou a empresa em comunicado ao mercado, o grupamento tem o objetivo principal de enquadrar as ações no valor igual ou superior a R$ 1 por unidade, conforme exige o regulamento da B3. Assim, também atende a critérios para que os papéis sejam elegíveis à composição de índices de mercado como o da Bovespa.
