Além de ver um papel fundamental da indústria de satélites no ecossistema 5G, a Intelsat também acredita em uma recuperação do mercado de mobilidade após impacto da pandemia de covid-19 e na "relevância por muito tempo" do segmento de broadcast para TV por assinatura, além da retomada das transmissões eventuais com eventos esportivo.
"Na parte de mídia, é evidente que as aplicações de OTT crescem cada vez mais na América Latina, mas o broadcast e a TV por assinatura tradicional vão permanecer relevantes por muito tempo", afirmou o general manager da Intelsat Brasil, Márcio Brasil, durante o Congresso Latinoamericano de Satélites 2020.
"O satélite é o principal veículo para distribuição desses canais e vai continuar sendo mais confiável e com melhor custo benefício", completou ele. Segundo Brasil, a Intelsat está atualmente trabalhando no desenvolvimento de uma nova hot position para distribuição no País, posicionada a 45º Oeste.
Mobilidade
Em paralelo, o executivo lamenta que a pandemia de covid-19 tenha interrompido a trajetória ascendente de serviços satelitais para mobilidade (como atendimento de cias aéreas ou marítimas).
"A vertical foi severamente impactada, porém a gente entende que isso vai se recuperar rapidamente assim que sairmos da pandemia. Tanto que a Intelsat anunciou planos de investir US$ 400 milhões no negócio de aviação com da Gogo", afirmou Brasil.
5G
Sobre o 5G, a empresa vê um papel fundamental do segmento de satélites no desenvolvimento da tecnologia, sobretudo na entrega de vídeo para clientes de operadoras móveis. A opção desafogaria o tráfego crescente de conteúdo do gênero nas redes sem fio.
Ainda de acordo com Brasil, como a indústria satelital está totalmente engajada na discussão de padrões de quinta geração, não haverá risco de dificuldades para adequação de tecnologias, como ocorreu em gerações móveis anteriores.