Highline oferece R$ 1,7 bilhão por 8 mil sites da Oi

Foto: Pixabay

A Oi e a Highline anunciaram em fato relevante na manhã desta segunda, dia 1º de agosto, uma oferta vinculante da NK 108 (empresa afiliada da Highline) para a aquisição de 8 mil sites de infraestrutura da operação fixa da operadora. A oferta inclui todos os ativos, contratos, direitos e obrigações dos sites, o que significa que a Oi arrendará a infraestrutura para uso, mas também que todas as obrigações relativas a bens reversíveis dos sites estão asseguradas. Trata-se de uma infraestrutura necessária, por exemplo, para rádios de capacidade, links de micro-ondas e serviço de telefonia fixa.

A oferta é de R$ 1,697 bilhão, sendo uma R$ 1,088 bilhão no fechamento da operação e R$ 609 milhões até 2026, a depender da quantidade futura de infraestrutura a ser utilizada. O fato relevante não deixa explícito, mas essa diferença e o prazo devem fazer referência, justamente, à parte da infraestrutura que pode ser afetada com o fim da concessão da Oi em 2025, com o processo de reversibilidade e com o uso que será dado a essa rede, além de questões relacionadas à verificações de praxe sobre a regularidade dessa infraestrutra.

A operação dependerá de aprovação do Cade e da Anatel, diz o fato relevante. Procurada por este noticiário, a Highline não quis comentar a negociação.

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Segundo a Oi, a proposta está em linha com o processo de Recuperação Judicial e o aditamento aprovado em outubro de 2020. O processo em si está em vias de ser concluído, uma vez que o relatório final já foi entregue pelo administrador judicial ao juiz Fernando Viana, da 7ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. A venda dessa SPE de infraestrutura não deverá influenciar diretamente a RJ, uma vez que não é determinante no processo, assim como a venda da Oi TV para a Sky. O mercado reagiu positivamente à notícia, especialmente pelo contexto.

Em março do ano passado, a Highline já havia adquirido sites da operação móvel da Oi (quando ainda não havia sido vendida para o trio Claro, TIM e Vivo) por mais de R$ 1 bilhão. O grupo de infraestrutura também chegou a fazer oferta vinculante para a Oi Móvel, mas proposta foi destronada pelo trio de teles. Também a InfraCo da tele foi alvo de interesse, mas a unidade acabou tendo o controle comprado pelos fundos geridos pelo BTG Pactual, e agora atua com a marca V.tal. (Colaborou Bruno do Amaral)

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