A Nokia vai adquirir o controle total da fabricante de infraestrutura de telecomunicações Nokia Siemens Networks (NSN) por 1,7 bilhão de euros. A NSN é uma joint-venture entre Nokia e Siemens, em que cada empresa detém 50% das ações. O valor, portanto, será pago à Siemens pela sua metade na companhia, cujo nome será trocado ao fim da operação. A conclusão é esperada para o terceiro trimestre deste ano. A Nokia vai pagar 1,2 bilhão de euros em dinheiro assim que a transação for concluída. Os 500 milhões de euros restantes serão pagos um ano depois.
A Nokia informou que manterá Rajeev Suri como CEO e Jesper Ovesen como presidente do conselho de administração. A sede continuará na Finlândia e a unidade em Munique também será mantida. Não haverá mudanças no atual plano de reestruturação e nem nas diretrizes de gerenciamento.
Análise
Os rumores sobre a saída da Siemens da joint-venture circulavam há meses no mercado. A centenária empresa alemã vem se dedicando cada vez mais a outros mercados que não o de telecomunicações, especialmente energia e saúde. Já havia vendido sua unidade de celulares, anos atrás, para a asiática BenQ. E sobrava como seu único ativo no setor de telecom a participação de 50% na NSN.
A Nokia, por sua vez, segue focada em telecom, com seu negócio de celulares, por mais que enfrente um momento delicado, com perda de share e corte de gastos. A NSN, que vem fechando contratos importantes de fornecimento de redes de quarta geração ao redor do mundo, pode representar uma garantia de receita que ajudará a segurar as pontas da área de handsets, enquanto esta não se recupera.