As ADRs da Telefônica continuaram caindo na Bolsa de Valores de São Paulo nesta quarta, 31, por conta do risco Brasil. Os papéis, a US$ 26,89, perderam 2,29%, acumulando recuo de 10,36% em cinco dias. As BDRs da empresa perderam no Brasil 0,70%, fechando a R$ 29,99. Para analistas ouvidos por TELETIME News, trata-se de uma reação irracional. Principalmente considerando os resultados da Telesp, principal empresa controlada no país pela companhia espanhola.
Ainda que os números da Telesp referentes ao segundo trimestre tenham, em geral, ficado abaixo das expectativas de muitos profissionais, eles foram bons. Mesmo com recessão e alta do dólar, a companhia apresentou, como se sabe, lucro líquido de R$ 183,2 milhões, sem que haja nada de importante a bloquear a sua expansão.
Ao contrário, as perspectivas são favoráveis, segundo avaliação da analista Jacqueline Lison, da Fator Doria Atherino. Depois de atingir as metas com a Anatel e eliminar a fila de espera, a Telesp pode se dar ao luxo de ser mais seletiva na concessão de novas linhas e privilegiar a venda de serviços adicionais. Isso significa redução de risco de inadimplência e aumento direto de receita.
A estimativa de geração de caixa na operação é de R$ 5,1 bilhões, que podem ser parcialmente utilizados para reduzir dívida e financiar investimentos. Por fim, a empresa vai distribuir dividendos nos mesmos patamares de 2001.