"Queremos a 3G, mas não estamos desesperados", adverte Nextel

A Nextel tem deixado bem claro sua intenção de adquirir frequências de 3G no leilão da banda H, que a Anatel deve realizar, como muitos esperam, ainda este ano. A aquisição de espectro e construção de redes 3G é parte da estratégia regional da empresa para América Latina. E estão enganados os que pensam que isso significa a descontinuação dos investimentos da Nextel em sua rede de trunking com a tecnologia iDEN. Pelo menos foi esse o recado que os executivos da NII Holdings, controladora da Nextel, se esforçaram para passar na última semana durante o evento de lançamento do primeiro modelo Android com push-to-talk (PTT), em Chicago/IL, nos Estados Unidos. Greg Santoro, Chief Strategy & Marketing Officer da NII Holdings fez questão de ressaltar que continuarão a investir no iDEN, com lançamento de novos smartphones na plataforma Android e em cobertura, e que as redes 3G serão importantes para que a Nextel complemente sua oferta de serviços com banda larga móvel.
"Nosso plano é procurar por oportunidades de espectro em nossos mercados na América Latina. Participaremos das licitações. Esperamos conquistar espectro no México, que fará licitação nas próximas semanas e estamos esperando pelo leilão de frequências da banda H no Brasil, do qual também participaremos, afirmou Santoro. A Nextel já tem operações de 3G no Chile e no Peru e também pretende construir uma rede 3G na Argentina.
A Nextel tentou adquirir frequências de 3G no primeiro leilão feito pela Anatel em 2007 e não obteve sucesso. Optou por se retirar do leilão quando os preços das licenças começaram a subir. "Poderíamos ter continuado no leilão, mas consideramos que tínhamos uma ótima rede iDEN, estávamos com um bom crescimento de base e nossos clientes não estavam nos pressionando para ter 3G, embora saibamos que esta será uma demanda futura", explica Santoro.

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Agora, a operadora se diz preparada para levantar mais fundos para o leilão da banda H, mas isso não significa que esteja disposta a pagar qualquer valor pela licença. "Na época da primeira licitação tínhamos um plano de negócios solído e sabíamos exatamente o quanto estávamos dispostos a gastar no leilão. Não fomos imprudentes naquele momento e também não seremos imprudentes agora. Queremos a 3G, mas não estamos desesperados", enfatiza o vice-presidente de marketing da Nextel Brasil, Gustavo Diament. "Temos uma maior capacidade e de investimento e, se não formos impedidos de participar do leilão, temos grandes chances de ganhar, desde que o valor se encaixe no nosso business plan", complementa Santoro.
No México, a Nextel fez uma parceria com a Televisa para disputar o leilão de frequências 3G. A Televisa injetará dinheiro para a compra das frequências e para a construção da nova rede e, em troca, terá uma participação acionária na Nextel do México. "Nosso plano inicial é realmente participar do leilão sozinhos e construir nossa própria rede 3G, mas se uma oportunidade de parceria aparecer, consideraremos".

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