O setor de telecomunicações voltou a apresentar forte recuperação nas bolsas dos Estados Unidos. Isso vale tanto para a telefonia fixa quanto para celular e, segundo o estrategista de uma das maiores administradoras inglesas de fundos de investimentos, pode ajudar também mercados emergentes importantes como o brasileiro.
Nos últimos 30 dias, enquanto o índice Dow Jones subiu 9,7%, as operadoras de telefonia móvel tiveram uma valorização média de 31,15% e as fixas, de 28,6%.
Quando se abre o segmento de celulares, as melhores performances dizem respeito à Sprint (quase 58%), AT&T (49,4%), Nextel (39,3%) e à pequena Triton, que serve o sudeste norte-americano (35,68%).
O que chama a atenção é que o setor valorizou-se mesmo com resultados sofríveis no terceiro trimestre. O que, segundo o mesmo estrategista, equivale a dizer que o mercado está acreditando que tais empresas tenham alcançado o fundo do poço, estando, portando, subvalorizadas. ?Essa alta representa, no mínimo, uma correção técnica?.
No Brasil
Por aqui, a subvalorização seria maior. Se as companhias norte-americanas estão subvalorizadas, o que dizer das brasileiras, pergunta a mesma fonte?
Ele observa que enquanto, nos últimos 12 meses, o índice Dow Jones caiu 8% e o Nasdaq 23%, o Ibovespa perdeu, em dólares, 40% e o Índice de Telecomunicações do Brasil (Itel) recuou, também em dólares, 43%. ?À medida que o desenho do novo governo vai aparecendo com mais nitidez, o interesse pelos papéis brasileiros aumenta?, diz ele, destacando as companhias de telefonia fixa (Brasil Telecom e Telesp) e alguma celulares passíveis de venda no futuro (Tele Centro Oeste e Telemig).
