Não é só no Brasil que empresas de TV por assinatura e concessionárias de telefonia disputam argumentos em relação à possibilidade ou não da entrada das teles no mercado de TV paga. O mesmo está acontecendo, com muita intensidade, no México, berço da Telmex, maior operadora de telefonia daquele país e maior acionista da Embratel no Brasil (a Embratel é acionista da Net Serviços). Por lá, a operadora está buscando alternativas de oferecer serviços de TV a cabo, informa a publicação LatSat, editada pela Convergencialatina. O assunto está sendo discutido no âmbito do "Acuerdo de Convergencia", um instrumento normativo em elaboração que regulará a oferta de serviços de voz, dados e vídeo. O novo instrumento normativo permitirá às autoridades do México alterarem o contrato de concessão da Telmex, abrindo a possibilidade para serviços de vídeo, que hoje é vedada. Em contrapartida, a Telmex terá que dar interconexão à sua rede para operadores de cabo. A Canitec (espécie de associação dos operadores de TV a cabo mexicana) é a favor da mudança regulatória, desde que a Telmex assegure, antes, a interconexão e a portabilidade numérica aos operadores de cabo, que querem, no entanto, um período de sete anos até que a Telmex se torne competidora no mercado de vídeo. Enquanto isso, a gigante controlada pelo mega-empresário Carlos Slim compra operações de TV paga em outros países da América Latina. Comprou a Superview, na Colômbia, e confirmou à LatSat o interesse por outras operações na região.
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