AGE de Zain ratifica atos da BrT, mas Opportunity não reconhece validade

Em Assembléia Geral Extraordinária (AGE) realizada nesta terça-feira, 30, a Zain Participações ratificou todos os atos realizados pelos novos administradores das empresas que compõem a cadeia societária da Brasil Telecom (BrT) depois da saída do Opportunity. A decisão da AGE será mais um instrumento a favor do Citibank e dos fundos de pensão na luta para evitar a volta do banco de Daniel Dantas ao controle da companhia.
O Opportunity, que detém pouco mais de 10% do capital da Zain, não compareceu à assembléia por considerá-la inválida por força do chamado ?acordo guarda-chuva?. Sabendo disso, Citibank e fundos de pensão foram cuidadosos na convocação e realização da assembléia. Quem convocou a AGE foi o Citibank. Além disto, os fundos de pensão, representados pelo Investidores Institucionais FIA, embora presentes na reunião, optaram por não exercer seu direito de voto. Apenas o Citibank votou. Esses movimentos tiveram um propósito: evitar que o Opportunity usasse o ?acordo guarda-chuva?, do qual o Investidores Institucionais FIA é signatário, para anular a AGE.
Além de ratificar os atos da nova gestão da BrT, a AGE confirmou os nomes de Sergio Spinelli e Kevin Altit como presidente e vice-presidente do conselho de administração da Zain Participações.

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Segurança

Na opinião de um advogado ligado aos fundos de pensão, essa AGE de Zain é mais um elemento para que o Opportunity não retorne ao controle da concessionária de telefonia fixa. Ele entende, porém, que há outras garantias que por si só já impediriam essa volta do banco de Daniel Dantas, como, por exemplo, a recente decisão tomada em assembléia geral ordinária (AGO) da BrT de processar seus antigos administradores.

Histórico

O referido ?acordo guarda-chuva? foi assinado pelo Opportunity com os fundos de investimentos donos da BrT quando o banco de Dantas ainda os geria. Pelo acordo, o Opportunity continuaria com o controle da operadora mesmo se fosse destituído da gestão dos fundos, o que aconteceu logo em seguida. Há suspeitas por parte dos fundos de pensão de que o acordo teria sido pós-datado. Foi graças a uma liminar que suspendeu o acordo guarda-chuva em maio de 2005 que Citibank e fundos de pensão conseguiram retirar o Opportunity do comando da BrT. Porém, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro recentemente derrubou essa liminar, o que, em tese, abriria as portas para uma volta de Dantas. Todavia, uma decisão da justiça de Nova York em uma ação movida pelo Citibank contra o Opportunity impede por enquanto esse retorno.

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