A operadora de celular BCP está decidida a não migrar para o SMP. De acordo com o diretor jurídico da operadora, Arnaldo Tibyriçá, não há no momento uma razão para a mudança, que, diz ele, provocaria um sensível aumento nos custos operacionais da empresa, com perdas de receita de VC-1 e VC-2 e maiores gastos para o cumprimento das metas da qualidade. Entre os poucos argumentos favoráveis para uma eventual migração estariam uma alteração societária e a necessidade de compra de espectro adicional. Mas mesmo assim, o executivo observa que em meados do próximo ano a autorização de Serviço Móvel Celular (SMC) da operadora completará cinco anos, vencendo assim o prazo de impedimento para mudanças societárias sem a necessidade de migrar para o SMP. E quanto ao espectro adicional, a BCP não prevê a necessidade por enquanto de aumentar sua faixa de radiofreqüência.
A expectativa de Tibyriçá é de que a empresa consiga equacionar suas dificuldades financeiras até o final do ano. Ele não diz, no entanto, as possíveis saídas. Segundo ele, a empresa já superou sua fase mais crítica, após o default de sua dívida no início do ano. Os acionistas da BCP (leiam-se principalmente Banco Safra e Bell South), assim como os bancos credores, já assimilaram a idéia de que não há uma solução que favoreça apenas uma das partes. Por isso, a empresa teve o fôlego renovado para continuar a operar, com maior flexibilidade para reestruturar sua dívida e até novos investimentos da ordem de R$ 300 milhões este ano.
Dentro de sua realidade atual, a BCP também não tem planos para migrar de padrão de interface aérea. Mas de uma coisa a empresa está certa: se tiver por optar por entre o GSM e o CDMA, a tendência é favorável a este último sistema. ?Pelas nossas contas, seria muito mais caro migrar para o GSM?, diz Tibyriçá.
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