A nova diretoria da Brasil Telecom Participações (BRT), indicada diretamente pelos fundos de pensão e pelo Citibank e capitaneada por Ricardo Knoepfelmacher (presidente) tomou a primeira medida em relação à operadora Brasil telecom S/A: enviou uma dura carta de notificação endereçada à presidente Carla Cico, com cópia para todo o conselho diretor e fiscal e também para a CVM. Na carta, a BTP alerta a diretoria da Brasil Telecom para que cesse o uso da Brasil Telecom e seus recursos para a defesa de interesses do grupo Opportunity ou de Daniel Dantas, inclusive no que se refere a honorários advocatícios e consultores que estejam trabalhando com esse fim; pede para que o Conselho de Administração tome providências para impedir as "ilicitudes em questão, sob as penas da lei" e, por fim; pede providências do conselho fiscal na esfera de suas atribuições.
Alerta
A carta é um alerta aos executivos e administradores da BrT. Nela, fica muito claro que existe um receio de que a companhia tenha sido utilizada em favor dos interesses do Opportunity. No parágrafo final, está dito: "(…) a Brasil Telecom Participações S/A consigna que, após a devida auditoria legal, contábil e financeira, a ser realizada na forma da lei, os atuais e ex-administradores da Brasil Telecom e quaisquer membros de órgãos estatutários e mesmo empregados que tenham concorrido, por ação ou omissão, para o cometimento de ilícitos (…), serão responsabilizados civilmente para indenizar a companhia por todos os prejuízos que lhe foram causados, sem prejuízo da adoção das demais medidas legais cabíveis".
"Na sanha de tutelar os interesses do Opportunity, e desesperados pela iminência e inevitabilidade de sua destituição, os atuais administradores da Brasil Telecom tiveram a ousadia de patrocinar uma temerária medida disciplinar (reclamação), rechaçada liminarmente pelo Superior Tribunal de Justiça, contra o MM Juiz Titular da 4ª Vara da Justiça Federal do (…) Distrito Federal, (…) abalando seriamente a imagem e a reputação da Brasil Telecom perante a Justiça Federal e o STJ".